23 de nov. de 2010

Número de jovens que abortam dispara no Reino Unido

Estudo diz que 42% das gestações de menores de 20 anos são interrompidas
O número de meninas com menos de 20 anos que praticam aborto cresce fortemente no Reino Unido. Dados oficiais do governo britânico indicam que 42,4% de todas as gestações de mulheres nessa idade acabaram em aborto em 2008, contra 37,8% dez anos antes.
De acordo com o jornal Telegraph, o aborto “é cada vez mais visto como o principal método contraceptivo para mulheres jovens”. Prova disso é que 61,5% das gravidezes de adolescentes de até 16 anos terminam em aborto no país – há uma década, essa taxa era de 52%. Na população em geral, o procedimento interrompe 22% das gestações no país.
O aborto é legalizado em todo o Reino Unido desde 1967, mas há diferentes regras para as regiões do país. Na Inglaterra, na Escócia e no País de Gales, é permitido apenas para as mulheres com até 24 semanas de gestação. Não é necessária a autorização do pai da criança, mas a mãe precisa provar que a prática tem implicações para sua saúde ou razões econômicas ou sociais. Antes do aborto, dois profissionais de saúde precisam fazer um laudo que comprove que o procedimento é necessário.
A legislação apenas é diferente na Irlanda do Norte, onde a mulher só pode fazer o aborto quando a gravidez apresentar risco à sua saúde.
Apesar de a prática do aborto estar crescendo, o número de adolescentes que engravidam no país está em queda, o que sugere que as campanhas educativas que incentivam o uso de preservativos e outros métodos anticoncepcionais estão surtindo efeito.
O número de meninas com menos de 16 anos que engravidaram em 2008 foi de 7.586, uma queda de 7,5% em relação aos 8.200 casos de 2007. No mesmo período, 41,3 mil mulheres com menos de 18 anos engravidaram, uma queda de 3,8% na comparação com o ano anterior.

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