30 de nov. de 2010

Brasil pode ter 93% de energia renovável até 2050, calcula ONG.

A organização não governamental Greenpeace lançou nesta terça-feira (30) na Conferência do Clima da ONU (COP 16), em Cancún, um estudo em que aponta ser economicamente viável que o Brasil tenha 93% da sua matriz energética baseada em fontes renováveis até 2050. Os 7% restantes seriam de gás natural, uma fonte de transição até que a matriz brasileira seja convertida em 100% renovável, ainda no século 21. O estudo foi feito em parceria com o Conselho Europeu de Energia Renovável (Erec).




As modalidades incluídas pelo Greenpeace nessa projeção são a hidrelétrica, eólica, de biomassa, solar e oceânica (geração a partir da força das marés). Segundo o coordenador da campanha de energias renováveis do Greenpeace no Brasil, Ricardo Baitelo, a decisão por aderir ou não a essa "revolução energética" é política.

O relatório da organização projeta que, principalmente a partir da década de 2040, os custos das energias não renováveis e renováveis vão se descolar, sendo que o segundo tipo vai cair por causa do barateamento das tecnologias, enquanto os combustíveis fósseis terão preço progressivamente maior na medida em que as fontes planetárias se esgotam.

A projeção do Greenpeace conclui que o custo do Megawatt-hora num cenário de “revolução energética” no Brasil deve se estabilizar em R$ 120 até 2050, enquanto, se mantido o cenário de referência atualmente usado pelo governo, que inclui mais de 20% de termelétricas a gás e óleo, o preço deve estar em R$ 176. Para fazer o cálculo, partiu-se da premissa de que, com a adoção de valores para as emissões de carbono, o custo do uso de combustíveis fósseis deve aumentar.

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Dennis Barbosa

Esclerodermia - Doença que enrijece a pele e afeta órgãos internos é pouco conhecida

Esclerodermia é condição pouco compreendida mesmo pelos médicos.
Na forma sistêmica da enfermidade, esôfago é afetado em 90% dos casos.


A esclerodermia, doença autoimune capaz de trazer sérias complicações à pele e a órgãos como esôfago e pulmões, ainda é desconhecida de grande parte dos profissionais de saúde no Brasil. Com diagnóstico difícil e, no máximo, 300 casos por milhão no mundo, portadores da doença no país reclamam da dificuldade para explicar e tratar a patologia, na qual o sistema de defesa do organismo ataca as próprias estruturas do corpo.

A doença ganhou destaque na imprensa em novembro por conta do caso de Susan Johnson, britânica de 61 anos com uma pele "similar" a de uma pessoa com 40, uma consequência do excesso de colágeno produzido pelo corpo. A substância é uma proteína capaz de revitalizar a pele, mas em doses excessivas causa espessamento e endurecimento, dificultando o movimento de mãos, boca e pálpebras.

"Há um estímulo para que os fibroblastos, células que produzem colágeno, façam uma megaprodução. O colágeno fica muito proliferado. As fibras ficam uma em cima da outra, se acumulam e vão deixando a pele dura", explica Percival Sampaio-Barros, médico reumatologista da Universidade de São Paulo (USP). O especialista é chefe do Ambulatório de Esclerodermia da universidade e presidente da Comissão de Esclerose Sistêmica da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

Mas a pele só é a única afetada na versão menos agressiva da doença, a esclerodermia localizada. Nela, os órgãos internos não são acometidos. Existe também a esclerose sistêmica, na qual estruturas como esôfago, estômago, rins, coração e pulmões podem ter o seu funcionamento prejudicado, abrindo espaço para uma série de sintomas paralelos. Ambas não são contagiosas e não há indicações de que sejam hereditárias.

Junto com a grande produção de colágeno, a doença é causada por alterações no sistema de circulação do corpo, com vasos mais constritos e com a atuação irregular dos linfócitos no corpo.

A causa para a esclerodermia não é conhecida, mas quando os médicos conseguem identificar a doença a tempo, é possível controlar os sintomas. Até dois terços dos pacientes conseguem levar vidas relativamente tranquilas, mantendo suas atividades e trabalhando.

Foi o caso de Rosângela Castro, 54 anos, moradora de Petrópolis (RJ) até 2009. Comerciante, é portadora de esclerose sistêmica. Após passar pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 1994 por causa de uma falta de ar intensa, com febre e dores nas costas, ela foi atendida por uma médica que, durante uma conversa, notou manchas na pele da paciente.

"Estava brilhante, havia manchas vermelhas na face. E o contato com o frio deixava minhas mãos roxas", conta Rosângela. "A médica pediu um exame de autoanticorpos e a doença foi diagnosticada." Neste ano, com a piora das dores nas articulações e o avanço da doença, a comerciante se viu obrigada a ficar em casa.

"Até então, eu ia empurrando com a barriga. Tinha crises de hipertensão por causa da medicação para controlar a doença, dores nas articulações. Há gente que tem úlceras digitais, como consequência do fenômeno de Raynaud. Eu tenho a síndrome, mas nunca tive as dores", explica Rosângela.

O frio de Raynaud

Pacientes com esclerose sistêmica normalmente convivem com o fenômeno de Raynaud, constante nos casos de esclerose sistêmica e esclerodermia localizada. A síndrome causa a constrição de vasos sanguíneos a cada estímulo frio. Durante o inverno, os pacientes precisam redobrar a atenção para proteger as extremidades do corpo, que em alguns casos chegam a apresentar ulcerações. Pode ser preciso, em casos mais graves, recorrer a amputações.

"O vaso sanguíneo em si não chega a entupir, mas sim o leito para passagem de sangue. É um fenômeno muito comum, pode ocorrer em 2% a 5% das mulheres jovens, mas só 1% desse grupo vai evoluir para uma doença autoimune como a esclerose sistêmica. Em homem também é raro", afirma Percival. "Mas é a manifestação mais dolorosa da esclerodermia, os pacientes reclamam bastante."

Muito além da "dermia"

O órgão afetado com maior frequência na forma sistêmica da doença é o esôfago (90% dos casos). A estrutura liga a boca ao estômago, sendo responsável pelo transporte de comida. Para isso, conta com movimentos conhecidos como peristálticos. "Quem tem esclerodermia possui disfagia, que é uma dificuldade para engolir", diz Percival.

Os pulmões também são acometidos com regularidade (40% a 50% dos casos). "Há uma falta de ar progressiva, o paciente passa a ter o órgão endurecido - é a fibrose pulmonar. Além disso, existe o problema da hipertensão, causada pelo acometimento da artéria pulmonar. É necessária uma maior pressão para bombear o sangue nos pulmões", explica o médico.

Complicações também podem surgir no estômago (lentidão na digestão), intestino (diarreias, prisões de ventre), rins (insuficiência renal aguda) e coração (insuficiência cardíaca, inflamação nas membranas que recobrem o órgão e arritmias), cada uma em menos de 15% dos casos.

Quanto ao rosto, é comum que os pacientes pareçam ter a pele esticada, com diminuição dos lábios e da boca e o afilamento do nariz. "Os pacientes relatam que estão com uma espécie de 'máscara' na cara, com a pele endurecida", diz Percival. Por fim, as mãos também sofrem com a rigidez do órgão, ficando em forma de garra, com movimento reduzido.

Dermatologia com reumatologia

Na modalidade localizada, a esclerodermia se manifesta apenas na pele, deixando o órgão mais espesso. Essa é uma consequência da produção exagerada de colágeno. Apesar de aparecer em cremes de rejuvenescimento, no caso dos esclerodérmicos, a dose extra da substância não traz bem nenhum.

“O aspecto jovem da pele acontece pelo enrijecimento causado pelas fibras colágenas, mas isso não traz alegria aos seus portadores, que certamente prefeririam ficar com algumas rugas e flacidez, mas sem os outros transtornos trazidos pela doença”, diz Aldo Toschi, conselheiro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Os transtornos são confirmados por Fernanda Savarege, portadora de esclerodermia localizada há cinco anos. “Começou na minha coxa. O primeiro médico a que fui disse que era mancha de sol e passou um clareador à base de ácido”, explica. "Foi difícil no início, pois na internet há umas fotos horríveis. Pesquisei um pouco para tentar entender. É uma doença que varia muito de pessoa para pessoa. Quanto aos médicos também foi complicado, fui a cinco dermatologistas e a dois reumatologistas."

Como muitos pacientes são normalmente encaminhados a dermatologistas, especialistas dessa área precisam trabalhar em parceria com reumatologistas para os casos mais severos. "Os dermatologistas, normalmente, fazem o diagnóstico e trabalham com as formas localizadas segmentares, mas é preciso trabalhar em conjunto para os pacientes que apresentam manifestações em todo o corpo", explica Aldo.

Divulgação e prevalência

A luta dos portadores da doença resultou na criação da Associação Brasileira de Pacientes com Esclerose Sistêmica (Abrapes), fundada por Percival para divulgação e para promover ações que melhorem a condição dos pacientes. Há também uma comunidade na rede social Orkut que conta com 700 membros. Nela há informações sobre sintomas e relatos.

Têm ocorrido, recentemente, iniciativas de esclarecimento sobre a doença, no Brasil e no exterior. O primeiro congresso mundial sobre esclerose sistêmica aconteceu em 2009 e foi realizado na cidade de Florença, na Itália. O próximo deverá ser realizado em 2012, em Madri, capital espanhola.

Sobre a falta de conhecimento, Percival Sampaio-Barros acredita que o preparo está mudando. "Há vinte anos, quando comecei, havia poucos profissionais na área. É um paciente difícil, que exige acompanhamento, o tratamento é específico para cada órgão, há um número pequeno de profissionais interessados", explica o médico. "No Brasil, a melhora no diagnóstico tem trazido resultados recentes, com os pacientes podendo ter os sintomas controlados antes."

Não há estudo sobre a prevalência da doença no Brasil. "É possível dizer que vem aumentando. No momento em que surgem novas modalidades terapêuticas, é importante que se diagnostique o paciente o mais rápido possível: exame de autoanticorpos ou pela capilaroscopia periungueal, para pacientes que ainda não tiveram a pele espessada", diz Percival.


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Mário Barra

Alcoolismo na Adolescência

Dos adolescentes entre 12 e 17 anos, 48,3%, já beberam alguma vez na vida. Desses, 14,8% bebem regularmente e 6,7% são dependentes de álcool

Puberdade é o termo usado na medicina para definir a transição entre a infância e a adolescência. Já o termo adolescência é mais usado na psicologia e identifica o período em que o corpo muda e a mente procura acompanhar essas transformações. Por isso a adolescência é um período tão conturbado, em que tudo acontece ao mesmo tempo.

A nova realidade faz com que o jovem conteste regras e busque uma série de experimentações: drogas, álcool, mentiras, burlar regras são algumas delas. Esse comportamento acaba sendo esperado dentro de um limite.

“As atitudes passam a preocupar quando excedem esses limites, como deixar de ir à escola, não conviver com a família, cometer pequenos furtos e, a partir disso, envolver-se em coisas mais graves. É nesse momento que os responsáveis pelo adolescente devem tomar providências”, garante Berenice Carpediane, psicoterapêuta e professora do curso de Psicologia da Universidade Prebisteriana Mackenzie.

Uso Precoce do álcool

Cada vez mais recorrente na adolescência, o uso do álcool preocupa por suas conseqüências físicas, mentais e sociais. Em novembro de 2006, foram divulgados os resultados os resultados do segundo levantamento sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil, realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid).

O Levantamento revela um aumento dos dependentes de álcool no País, de 11,2%, em 2001, para 12,3%, em 2006. Foram focalizadas 107 cidades com mais de 200 mil habitantes e ouvidas 8,5 mil pessoas entre12 e 65 anos. A pesquisa destaca que é particularmente preocupante o uso precoce do álcool, uma vez que quanto mais cedo se inicia o consumo, tanto maior é o risco de tornar-se dependente.

Ainda segundo o Cebrid, é importante notar que 48,3% dos adolescentes na faixa etária dos 12 aos 17 anos já beberam alguma vez na vida (52,2% rapazes; 44,7% moças). Desses, 14,8% bebem regularmente e 6,7% são dependentes.

Para Berenice Carpediane, o adolescente que tem a bebida como a sua principal falta de limites geralmente procura um suporte para entender uma realidade interna desconhecida. “Não estou afirmando que todo adolescente alcoólatra tem um caso inconsciente, mas é muito comum que isso aconteça”, ressalva a psicoterapeuta.

Influência Familiar

Em outros casos, a influência da família é fator determinante, como explica o psicólogo Gilberto Ferreira, mestre pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) e o doutor pela Universidade de São Paulo (USP). “A criança começa a observar o comportamento dos pais desde muito cedo, e com isso percebe que situações de alegria e prazer estão relacionadas ao consumo de álcool.

No decorrer de sua vida, repetirá esse comportamento, relacionando-o sempre às situações de descontração, desafio e coragem, nunca a um vício.” Além dessa influência, outros fatores podem levar ao consumo abusivo do álcool, como nos revela a psicóloga Sonia Regina Solano Paes Breda, do Centro Terapêutico Viva, um centro de recuperação de dependentes químicos.

“Curiosidade latente, aceitação em um grupo de amigos, diversão, liberdde, desafio e autonomia dos pais são fatores determinantes. Logo esse hábito de beber para se alegrar e descontrair acaba virando o motivo maior de sua felicidade e até se tornando um refúgio para seus problemas.”

Acostumada a ver muitos casos parecidos no centro de recuperação, a psicóloga alerta para o fato de o efeito do álcool, apesar de causar euforia instantânea, ser seguido de depressão do sistema nervoso, o que deixa a pessoa ainda mais desconfortável e ansiosa.

“Comecei beber aos 14 anos junto com supostos amigos, pequenas doses que, aos poucos, foram aumentando. Quando bebia ficava violento e não tinha medo de nada – o alcoolista se acha o “super-homem”. “Eu usava a bebida como válvula de escape para meus problemas, tentando sair da realidade, mas depois que o efeito acabava, os problemas retornavam e a frustração aumentava”, declara Luiz Antônio da Cruz, assistente de administração, alcoolista recuperado há 13 anos, aos longo tratamento. “Minha esposa me abandonou e minha família disse que se não parasse de beber iria morar na rua. Resolvi tentar. Fui com minha mãe à Associação antialcoólica de São Paulo, assisti a vários depoimentos, que me deram uma luz, e senti uma felicidade muito grande. “Foi então que decidi mostrar à minha esposa e família que nunca mais ninguém iria me chamar de bêbado”, conta Luiz Antônio. Hoje ele é responsável pelo site www.alcoolismo.com.br.

Tratamento multidisciplinar

Para o diagnóstico, é preciso, em primeiro lugar, uma observação honesta dos pais ou responsáveis pelo adolescente, que devem reconhecer seus limites quando não conseguem mais lidar com o problema. O trajeto de cura passa por um trabalho multidisciplinar envolvendo profissionais da área de saúde. O médico, geralmente um psiquiatra ou mesmo um clinico geral, será o responsável pelo processo de desintoxicação e, se necessário, fará uso de medicamentos.

O psicólogo trabalhará em conjunto com esse médico e cuidará das questões emocionais. O apoio de grupos terapêuticos como Alcoólicos Anônimos (A.A) é uma alternativa que auxilia, à medida que fez o adolescente perceber que não está sozinho. “Nesses grupos, há um compartilhamento de angústias, medos, conquistas, curas. Após algum tempo na terapia, os adolescentes aceitam participar das reuniões, mas é muito importante que toda a família se envolva”, garante a psicoterapeuta Berenice Carpediane.

Para ele, é necessário não generalizar na afirmação de que o álcool é a porta de entrada para todas as outras drogas. De acordo com Berenice, alguns alcoólatras nunca experimentarão outro tipo de droga. A personalidade de quem escolhe o álcool ou outra droga é muito particular.

É importante ressaltar, também, que nem todo adolescente que tem contato com o álcool desenvolverá a dependência. Ainda segundo Berenice, “voltamos ao ponto do estabelecimento de limites: passar pelo bar durante a adolescência, em algumas ocasiões, é normal. O que não é normal é ficar no bar por muito tempo e deixar os compromissos de lado”.

Em qualquer situação deve-se agir com cautela, respeito e observação por parte dos pais ou responsáveis pelo adolescente, pois “é na família que todas as experiências têm seu inicio; são os pais os primeiros a nos mostrar o mundo” afirma Berenice.

Alguns sinais são característicos e indicam quando uma pessoa desenvolve a dependência a dependência alcoólica:

- Beber todos os dias, independentemente da quantidade ingerida.

- Distanciar-se da família.

- Ficar irritado quando as pessoas falam da bebida.

- Começar a beber logo cedo.

- Não largar do copo em festas e pensar que todos estão contra você.

- Achar que só você está certo em relação à quantidade que deve beber.

À espera da lei

O projeto de lei n°0630/2006, de autoria do vereador do PSDB/SP, Carlos Alberto Bezerra Júnior, proíbe a venda e bebidas alcoólicas em estabelecimentos comerciais e similares localizados a menos de 200 metros de instituições de ensino fundamental, médio, superior e profissionalizante.

Enquanto o projeto não vira lei. O que vemos são muitos bares no entorno de escolas e universidades onde os jovens estabelecem pontos de encontro, deixando, muitas vezes, de freqüentar as aulas.


http://www.alcoolismo.com.brl

Fonte: Revista Mackenzie - Ano VI - Nº 39 - Pag° 56 - 59 / 2007

Computador prejudica o sono mais que cigarro, álcool e balada

Estudo da Unicamp mostrou que 60% dos universitários dormem mal



Ficar na frente do computador à noite é pior para a saúde do sono do que beber, fumar ou sair para a balada. Uma pesquisa da Unicamp avaliou 710 universitários e descobriu que, de cada dez pessoas que usam o PC à noite, até sete enfrentam problemas para dormir.

Dentre todos os jovens analisados, 486 eram mulheres e 224 homens. Desse total, 60% (428) foram classificados como maus dormidores. Esse índice subiu quando eram avaliados apenas os internautas noturnos e os fumantes.

O estudo concluiu que, entre os que usam a o micro das 19h à meia-noite, 73,3% foram classificados como maus dormidores. Para quem assiste à televisão no mesmo horário, por exemplo, o sono foi prejudicado em 59,7% dos casos.

De acordo com a psicóloga Gema Galgani Mesquita, autora do estudo, a luminosidade do computador, assim como a da televisão e a das lâmpadas, estimula os neurônios e desregula a liberação da melatonina, o hormônio do sono. Isso impede que a pessoa chegue ao sono profundo e reparador.

- O grande vilão do sono é a luz. Exposto à luminosidade, o organismo não metaboliza o hormônio na forma que precisa para ter um sono reparador.

No caso do computador, os danos são ainda maiores por dois motivos: a proximidade com a tela e o conteúdo. Na comparação com a televisão, a internet demanda mais atividade mental do usuário.

Para a psiquiatra Ana Paula Hecksher, especialista em sono, o computador é mais presente na vida do jovem do que o álcool e o cigarro.

- O computador acaba sendo um vilão maior. Tem uma frequência mais intensa. E ele prejudica o jovem ainda que ele faça atividades adequadas, como uma pesquisa.

O que agrava o cenário, segundo a autora do estudo, é que as novas gerações estão acostumadas a se comunicar pela internet, hábito que não vai ficar para trás ao longo da vida.

- Para quem quer dormir bem, o ideal é sair às oito da noite do computador. Porque aí vai dar tempo de metabolizar o hormônio do sono.

Mulheres sofrem mais

O estudo da Unicamp revelou ainda que as mulheres são mais prejudicadas pelos efeitos do computador que os homens. Ao avaliar aquelas que usam o micro das 19h às 24h durante os fins de semana, 83,4% foram classificadas como más dormidoras. No caso dos homens, o maior índice não passou dos 62,5% e se refere àqueles que ficam conectados das 19 às 22h. De acordo com a autora do estudo, ainda não se sabe porque os resultados são diferentes para eles e elas.

- Talvez seja uma diferença hormonal, na metabolização do hormônio do sono, ou talvez seja a maior resistência física deles. Não sabemos ainda. Essa será a próxima fase da pesquisa.

Os efeitos do tabaco sobre o sono também foram significativos. Segundo a pesquisa, dentre os que fumam, 70,5% foram considerados maus dormidores. Já entre os não fumantes, 59,7% dormiam mal.

- O tabagista apresentou mais distúrbios do sono, como acordar no meio da noite, demorar mais para dormir ou ter pesadelos.

Apesar de o estudo ter avaliado pessoas com idade universitária, a pesquisadora afirma que os resultados devem se repetir em todas as faixas etárias. Com um agravante: para os adultos, idosos, crianças e adolescentes, as consequências são ainda piores.

- Um jovem está no auge da resistência física, resiste muito mais às agressões da vida do que um adulto, idoso, criança ou adolescente.

Riscos

Os perigos de dormir mal é que, no decorrer do tempo, o hábito pode levar a distúrbios psíquicos, segundo a autora do estudo.

Ela alerta que, no curto prazo, a memória e a concentração ficam prejudicadas e é aberto espaço para problemas gastrointestinais e outras doenças.

- A diabetes tipo dois e a obesidade também estão associadas à diminuição do tempo de sono em geral.

O estudo da Unicamp mostrou que até mesmo os exercícios podem prejudicar o sono se eles são combinados com maus hábitos. A pesquisa mostrou que aqueles que praticam exercícios, mas que ficam na frente do PC das 19h à meia-noite, tiveram mais problemas pra dormir do que aqueles que não praticavam exercícios e que passavam a noite no micro.

Apesar de ser um resultado surpreendente, Gema afirma que a prática de atividades leva a uma melhor noite de sono, desde a pessoa tenha uma boa alimentação, e evite o álcool e o PC.

- Não é malhar e depois ficar na frente do computador. Isso não adianta, não resolve nada.

http://noticias.r7.com/saude
Diego Junqueira


28 de nov. de 2010

Brasileiros aprovam proibição do uso de sacolas plásticas para carregar compras


A proibição do uso de sacolas plásticas para carregar compras é aprovada por 60% da população, segundo a pesquisa Sustentabilidade Aqui e Agora, feita pelo Ministério do Meio Ambiente, em parceria com a rede de supermercados Walmart. O levantamento, que ouviu 1,1 mil pessoas em 11 capitais, constatou também que 21% não saberiam como descartar o lixo doméstico sem os saquinhos, 40% acreditam que limpeza pública é o principal problema ambiental nas suas cidades ou bairros, 61% acham que a responsabilidade é dos órgãos públicos e 18% que o meio ambiente é responsabilidade dos indivíduos.
Ainda de acordo com a pesquisa, 82% dos cidadãos se dispõem a participar de abaixo-assinados para responder questões ambientais, mas sem atuar diretamente na solução dos problemas. O estudo apontou que 59% dos entrevistados disseram que o meio ambiente deve ter prioridade sobre o crescimento econômico.
Na opinião da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, para mudar o comportamento das pessoas que acham a sacola essencial para o descarte do lixo doméstico é preciso informar sobre o que fazer para eliminar o lixo e ter estrutura para recepcionar os resíduos. “Isso tem a ver com nossa capacidade de gerar menos resíduo, ou seja, nós temos que exigir embalagens práticas, mais eficientes e coleta seletiva. Nós precisamos informar mais, dotar as cidades de maior infraestrutura para tratar do resíduo, mobilizar outros atores, como os catadores de lixo, estruturando cooperativas para agregar valor a essa atividade”, disse.
O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, disse que a entidade tem um plano de redução das sacolas em 30% até 2013 e 40% até 2015. Segundo ele, de 2007 a 2009 o consumo desse tipo de embalagem caiu 30%. “Cobrar pelas sacolas é um caminho para reduzir o uso. A sociedade está preparada para esse trabalho. Mas é preciso trabalhar ainda a questão da educação e implantar novas tecnologias de plástico verde”, afirmou.

Produtos “verdes”: preço maior ainda é entrave

O estudo indicou também que, apesar de 74% das pessoas manifestarem motivação para comprar itens produzidos com menor impacto ambiental, o fator custo é limitante. Mais de 90% dos brasileiros não querem pagar mais por produtos ecologicamente corretos.
Segundo a pesquisa, 91% dos entrevistados não aceitam pagar mais por produtos cultivados sem químicos e somente 27% compraram produtos orgânicos nos últimos 12 meses.

Entretanto, 21% da população não sabe como descartar o lixo sem os saquinhos.
http://revistagloborural.globo.com
por Globo Rural Online, com informações da Agência Brasil

Quem inventou a ração humana?

Onze anos de barrinha de cereal motivaram a comissária de bordo paranaense Lica Takagui a buscar uma alimentação mais saudável. Em 2005, já aluna de naturologia aplicada, ela criou uma farinha com grãos que chamou de "ração humana" (veja, a fórmula completa a baixo). Sua diarista incluiu a mistura em seu cardápio e, segundo Lica, passou de 97 para 55 quilos em 6 meses. O milagre inspirou Lica a fundar, em 2006, uma empresa chamada Taki Nutri, para comercializar o produto - que acabou imitado por outras marcas de alimentos naturebas.

Ração e emoção
Saiba do que é feita a ração humana
Quinua
Ágar-ágar
Açúcar mascavo
Aveia em flocos
Cacau em pó
Farelo de aveia
Fibra de trigo
Farinha de arroz integral
Fubá de milho branco
Farinha de soja
Gergelim
Gérmen de trigo
Guaraná em pó
Levedo de cerveja
Semente de linhaça

http://super.abril.com.br
Por Debora Pivotto

Os Tratamentos Psiquiátricos Bizarros que Caíram em Desuso

Até que se entendessem as doenças mentais, muita coisa absurda já foi feita para dar um jeito nos loucos. De choque térmico por infecção pelo protozoário da malária a perfurações no crânio.


Infecção por malária


Estamos nos anos 30 e a sífilis, incurável nessa época, é a maior causa de demência no mundo. Ninguém sabe o que fazer com tanta gente paranóica, violenta e incontrolável nos manicômios. Mas aí o médico austríaco Julius Wagner von Jauregg observou que, quando essas pessoas contraíam alguma doença que provocasse episódios de febre alta e convulsão, a loucura ia embora. O que o doutor Julius fez, então? É. Ele colocou o sangue contaminado de um soldado com malária em nove pacientes com paresia crônica, a demência que ocorre em um estágio avançado da sífilis, para que elas contraíssem febre alta e tivessem convulsões. O resultado foi impressionante e até lhe rendeu um Premio Nobel em 1927: ele conseguiu recuperação completa em quatro desses pacientes e uma melhora em mais dois. “Parece absurdo dar o Prêmio Nobel a alguém que infectava os pacientes com a malária, mas o desespero na época era muito grande”, diz Renato Sabbatini, neurocientista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Esse tratamento, obviamente, era muito perigoso (você melhorava da loucura, mas ganhava a malária de presente) e deixou de ser usado nos anos 60, com a descoberta de antibióticos e medicamentos próprios para problemas mentais.


Terapia por choque insulínico


Em 1927, o neurologista e psiquiatra polonês Manfred Sakel pesou a mão na dose de insulina que aplicou em uma paciente diabética (que era, dizem, uma cantora lírica famosa na época) e ela entrou em coma. Mas o que poderia ter sido um desastre virou uma bela descoberta: a mulher tinha psicose maníaco-depressiva e obteve uma notável recuperação de suas faculdades mentais. Então Sakel descobriu que o tratamento era eficaz para pacientes com vários tipos de psicoses, particularmente a esquizofrenia. “Esta foi uma das mais importantes contribuições jamais feitas pela psiquiatria”, diz Sabbatini. A técnica passou a ser usada em todo o mundo, mas o entusiasmo inicial diminuiu depois que estudos mostraram que a melhora era, na maioria das vezes, temporária. Sem contar, é claro, que era extremamente perigoso. Assim, esse tratamento também caiu em desuso após a descoberta de medicamentos mais adequados.


Trepanação


LobAchados arqueológicos mostram que a trepanação, cirurgia em que era aberto um buraco (geralmente de 2,5cm a 3,5 cm de diâmetro) no crânio das pessoas, já era feita em várias partes do mundo 40 mil anos atrás. A cirurgia era realizada em rituais religiosos para liberar a pessoa de demônios e espíritos ruins – quando, na verdade, ela era vítima de doenças mentais. Até hoje é realizada por algumas tribos da África e da Oceania para fins rituais e em alguns centros modernos de neurologia para aliviar a pressão intracraniana em caso de fortes pancadas na cabeça, por exemplo. Mas não só. “Se esse procedimento for feito por algum outro motivo, isso é bizarro e perigoso”, afirma Sabbatini. Mas existem organizações hoje que defendem essa técnica “como forma de facilitar o movimento do sangue pelo cérebro e melhorar as funções cerebrais que são mais importantes do que nunca para se adaptar a um mundo em cada vez mais rápida evolução”. Isso é o que diz o site de um grupo internacional em defesa da trepanação, que defende que qualquer pessoa que deseje melhorar suas funções mentais e sua qualidade de vida deve poder realizar o procedimento.


Labotomia


A trepanação deu origem a outro procedimento macabro: a lobotomia, incisão pequena para separar o feixe de fibras do lobo pré-frontal do resto do cérebro. Como isso provoca o desligamento na parte das emoções, pessoas agitadas se acalmavam como se tivessem tomado tranquilizantes. Essa técnica, criada pelo neurologista português Antônio Egas Moniz, foi realizada pela primeira vez em 1935 e também lhe rendeu um Nobel, em 1949. Os resultados foram tão bons, que a lobotomia começou a ser usada em vários países como uma tentativa de reduzir psicose e depressão severa ou comportamento violento em pacientes que não podiam ser tratados com qualquer outro meio (na ocasião, não havia muitos). O problema é que a técnica, que deveria ser o último recurso, passou a ser usada maciçamente nos manicômios para controlar comportamentos indesejáveis – inclusive em crianças agitadas e adolescentes rebeldes. Entre os anos de 1945 e 1956, mais de 50,000 pessoas foram sujeitas a lobotomia no mundo inteiro. E os efeitos colaterais eram horríveis: a pessoa virava um vegetal – sem emoções, apáticas para tudo. Com o aparecimento de drogas efetivas contra ansiedade, depressão e psicoses, nos anos 50, e com a evidência de seu abuso difundido e efeitos colaterais, a lobotomia foi abandonada.Os cirurgiões americanos Walter Freeman e James Watts, que aperfeiçoaram a técnica da lobotomia.


Mesmerismo


O médico austríaco Franz Anton Mesmer acreditava ser possível aliviar sintomas clínicos e psicológicos passando imãs sobre o corpo de seus pacientes – procedimento conhecido como mesmerismo. “Mesmer acreditava que os fluidos do corpo eram magnetizados e que muitas doenças físicas e mentais eram causadas pelo desalinhamento desses fluidos. Ele também achava que era possível obter os mesmos resultados sem os imãs, passando apenas as mãos sobre o corpo do paciente”, explica o professor de psicologia Renato Sampaio Lima, da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Ahhh, o poder da sugestão. Era tudo picaretagem. Ou efeito placebo, para ser mais exato. Esta arte de cura disseminou-se entre outros praticantes no século XVIII e chegou aos Estados Unidos no início do século XIX. Mesmer foi expulso de vários países e cidades porque não conseguiu provar a eficiência do seu método, mas ganhava uma grana dos crédulos. “Em todos os lugares em que ele foi, a comunidade médica o repudiou. Ele pegava madames com doenças psicossomáticas leves, fáceis de tratar com placebo, e baseava o seu prestigio nesse efeito”, completa Sabbatini. O suposto sucesso não dependia das técnicas usadas, mas no seu poder de persuasão. Após muitas críticas, a prática do mesmerismo caiu em desuso no início do século XX.



http://super.abril.com.br
Por Ana Carolina Prado

24 de nov. de 2010

Documentário conta drama de gêmeo criado como menina após perder pênis

O drama de um menino canadense criado como menina após perder o pênis em um acidente durante um procedimento de circuncisão nos anos 1960 é o tema de um programa transmitido nesta semana pelo Serviço Mundial da BBC.


Os gêmeos Bruce e Brian Reimer nasceram como meninos perfeitos, mas após sete meses, começaram a apresentar dificuldades para urinar.

Sob orientação médica, os pais, Janet e Ron, levaram os dois a um hospital para serem circuncidados.

Na manhã seguinte, eles receberam uma ligação telefônica devastadora – Bruce tinha sido envolvido em um acidente.

Os médicos usaram uma agulha cauterizadora em vez de um bisturi. O equipamento elétrico apresentou problemas, e a elevação súbita da corrente elétrica queimou completamente o pênis de Bruce.

A operação de Brian foi cancelada, e o casal levou os gêmeos de volta para casa.

Psicólogo

Vários meses se passaram, e eles não tinham ideia do que fazer até que um dia encontraram um homem que mudaria suas vidas e as vidas de seus filhos para sempre.

John Money era um psicólogo especializado em mudança de sexo. Ele acreditava que não era tanto a biologia que determinava se somos homens ou mulheres, mas a maneira como somos criados.

“Estávamos assistindo a TV”, lembra Janet. “O doutor Money estava lá, muito carismático, e parecia muito inteligente e muito confiante no que estava falando.”

Janet escreveu para Money, e poucas semanas depois ela levou Bruce para vê-lo em Baltimore, nos Estados Unidos.

Para o psicólogo, o caso representava uma experiência ideal. Ali estava uma criança a qual ele acreditava que poderia ser criada como sendo do sexo oposto e que trazia até mesmo seu grupo de controle com ele – um gêmeo idêntico.

Se funcionasse, a experiência daria uma evidência irrefutável de que a criação pode se sobrepor à biologia, e Money genuinamente acreditava que Bruce tinha uma chance melhor de levar uma vida feliz como mulher do que como um homem sem pênis.

Então, quando Bruce tinha 17 meses de idade, se transformou em Brenda. Quatro meses depois, no dia 3 de julho de 1967, o primeiro passo cirúrgico para a mudança foi tomado, com a castração.

Segredo

Money enfatizou que, se quisessem garantir que a mudança de sexo funcionasse, os pais nunca deveriam contar a Brenda ou ao seu irmão gêmeo que ela havia nascido como menino.

A partir de então, eles passaram a ter uma filha, e todos os anos eles visitavam Money para acompanhar o progresso dos gêmeos, no que se tornou conhecido como o “caso John/Joan”. A identidade de Brenda foi mantida em segredo.

“A mãe afirmou que sua filha era muito mais arrumada do que seu irmão e, em contraste com ele, não gostava de ficar suja”, registrou Money em uma das primeiras consultas.

Mas em contraste, ele também observou: “A menina tinha muitos traços de menina moleque, como uma energia física abundante, um alto nível de atividade, teimosia e era frequentemente a figura dominante num grupo de meninas”.

Em 1975, as crianças tinham 9 anos, e Money publicou um artigo detalhando suas observações. A experiência, segundo ele, tinha sido um sucesso total.

“Ninguém mais sabe que ela é a criança cujo caso eles leram nos noticiários na época do acidente", afirmou.

"O comportamento dela é tão normalmente o de uma garotinha ativa e tão claramente diferente, por comparação, do comportamento de menino de seu irmão gêmeo, que não dá margem para as conjecturas de outros."

Suicida

No entanto, na época em que Brenda chegou à puberdade, aos 13 anos, ela sentia impulsos suicidas.

"Eu podia ver que Brenda não era feliz como menina", lembrou Janet. "Ela era muito rebelde. Ela era muito masculina e eu não conseguia convencê-la a fazer nada feminino. Brenda quase não tinha amigos enquanto crescia. Todos a ridicularizavam, a chamavam de mulher das cavernas. Ela era uma garota muito solitária."

Ao observar a tristeza da filha, os pais de Brenda pararam com as consultas com John Money. Logo depois, eles fizeram algo que Money tinha pedido para que não fizessem: contaram a ela que Brenda tinha nascido como um menino.

Semanas depois, Brenda escolheu se transformar em David. Ele passou por uma cirurgia de reconstrução do pênis e até se casou. Ele não podia ter filhos, mas adorou ser o padrasto dos três filhos de sua esposa.

Mas, o que David não sabia, era que seu caso tinha sido imortalizado como "John/Joan", em artigos médicos e acadêmicos a respeito de mudança de sexo e que o "sucesso" da teoria de Money estava afetando outros pacientes com problemas semelhantes aos deles.

"Ele não tinha como saber que seu caso tinha ido parar em uma ampla série de livros de teoria médica e psicológica e que estava estabelecendo os protocolos sobre como tratar hermafroditas e pessoas que tinham perdido o pênis", disse John Colapinto, um jornalista do The New York Times, que descobriu a história de David.

"Ele mal conseguia acreditar que (sua história) estava sendo divulgada por aí como um caso bem sucedido e que estava afetando outras pessoas como ele."

Depressão

Quando passou dos 30 anos, David entrou em depressão. Ele perdeu o emprego e se separou da esposa.

Na primavera de 2002 seu irmão morreu devido a uma overdose de drogas.

Dois anos depois, no dia 4 de maio de 2004, quando David estava com 38 anos, os pais, Janet e Ron Reimer, receberam uma visita da polícia que os informou que seu filho tinha cometido suicídio.

"Eles pediram que nos sentássemos e falaram que tinham notícias ruins, que David estava morto. Eu apenas chorei", conta Janet.

Casos como o "John/Joan", quando ocorre um acidente, são muito raros. Mas decisões ainda estão sendo tomadas sobre como criar uma criança, como menino ou menina, se ela sofre do que atualmente é conhecido como Distúrbio do Desenvolvimento Sexual.

"Agora temos equipes multidisciplinares, que funcionam bem, em todo o país, então a decisão será tomada por uma ampla série de profissionais", explicou Polly Carmichael, do Hospital Great Ormond Street, de Londres.

"Os pais ficarão muito mais envolvidos em termos do processo da tomada de decisão", acrescentou.

Carmichael afirma que, segundo sua experiência, estas decisões tem sido mais bem sucedidas para ajudar as crianças a levar uma vida feliz quando crescerem.

"Fico constantemente surpresa como, com apoio, estas crianças são capazes de enfrentar e lidar (com o problema)", disse.



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23 de nov. de 2010

Novo Código Florestal deixaria área maior que Minas sem reserva legal, diz estudo.

Total de 7 bilhões de ton de carbono seriam lançadas na atmosfera.
Cálculo considera reserva legal e mata ciliar em rios de até 5 metros.

A aprovação das mudanças no Código Florestal podem ocasionar na liberaração de 7 bilhões de toneladas de carbono na atmosfera, segundo dados de pesquisa divulgada nesta terça-feira (23) pelo Observatório do Clima, constituído por organizações não governamentais (ONGs) e institutos ambientais do país.
Segundo o estudo, considerando a nocividade do carbono no ar, a quantidade representaria o acúmulo de 25,5 bilhões de toneladas de gases causadores do efeito estufa. O número é 13 vezes maior do que o total de gases lançados pelo Brasil em 2007, de acordo com a pesquisa.
O cálculo foi feito considerando a mudança proposta na legislação que passa a isentar a manutenção de reserva legal em propriedades rurais de até 4 módulos fiscais, ou o equivalente a isso em propriedades médias e grandes. Segundo a pesquisa, esta mudança deixaria 69,2 milhões de hectares sem proteção da reserva legal, área maior que o estado de Minas Gerais. A liberação de carbono na atmosfera ocorreria a partir dessa área.
Outra mudança na legislação reduz de 30 para 15 metros a área que deve ser preservada em matas ciliares de rios com até 5 metros de largura. De acordo com o Observatório do Clima, isso reduziria a capacidade de estoque do carbono em cerca de 156 milhões de toneladas.
A rede de ONGs e instituições alerta que isso poderia comprometer a meta brasileira de redução de emissões da Política Nacional de Mudanças Climáticas.


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Fiscais apreendem tratores e madeira ilegal em terra indígena de MT

Ação ocorreu em aldeia na cidade de Brasnorte, a 570 km de Cuiabá.

Agentes da Polícia Federal, Força Nacional de Segurança Pública, Ibama e Fundação Nacional do Índio (Funai) apreenderam neste sábado (20), em Mato Grosso, tratores e toras de madeira extraídas ilegalmente de uma terra indígena.
A fiscalização ocorreu na aldeia Irantxe-Manochi, na cidade de Brasnorte, a cerca de 570 quilômetros de Cuiabá. Segundo os fiscais, havia áreas de desmatamento abertas por queimadas na reserva, que deverão ser analisadas pelo Ibama por meio de imagens de satélite.

Durante a ação, foram identificadas todas de madeira extraídas ilegamente e prontas para serem transportadas. Os fiscais também apreenderam 6 motosserras, 6 motocicletas, 4 tratores, 1 carreta e 1 espingarda.
Também foram presas 6 pessoas por crime ambiental, além de um menor de idade que deverá prestar depoimento na delegacia de Brasnorte. Segundo a Força Nacional nenhum dos envolvidos no esquema tinha ligações com a tribo indígena dentro da reserva

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Pesquisa identifica 5 novas espécies de lagartos no Pará

Estudo elevou ao status de espécie animais antes tidos como subespécies.
Pesquisadora avaliou morfologia e cor dos lagartos para concluir o estudo.


A conclusão de um estudo no Pará levou à descoberta de 5 novas espécies de lagartos do grupo Anolis chrysolepis. A partir da análise da pesquisadora Annelise D'Angiolella, feita em parceria pelo Museus Paraense Emílio Goeldi e pela Universidade Federal do Pará, os animais deixaram de ser considerados como subespécies e foram elevados ao status de espécies.

Espécie do grupo Anolis encontrada na Colômbia, Brasil, Equador e Peru. (Foto: Goeldi/ Divulgação)

No total, foram analisadas 359 exemplares de animais, entre répteis e anfíbios, para identificar diferenças e semelhanças na classificação taxonômica. De acordo com a pesquisadora, a Amazônia é o "berço" desse tipo de lagarto, cujo grupo é reconhecido por ter cabeça curta e papo pequeno ou médio.
Dependendo da espécie, os animais se distribuem na Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, além do Amazonas, do Mato Grosso, do Acre, do Amapá e do Pará, no Brasil. Fora do bioma amazônico, também podem ocorrer em estados do Nordeste e do Centro-Oeste.

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Número de jovens que abortam dispara no Reino Unido

Estudo diz que 42% das gestações de menores de 20 anos são interrompidas
O número de meninas com menos de 20 anos que praticam aborto cresce fortemente no Reino Unido. Dados oficiais do governo britânico indicam que 42,4% de todas as gestações de mulheres nessa idade acabaram em aborto em 2008, contra 37,8% dez anos antes.
De acordo com o jornal Telegraph, o aborto “é cada vez mais visto como o principal método contraceptivo para mulheres jovens”. Prova disso é que 61,5% das gravidezes de adolescentes de até 16 anos terminam em aborto no país – há uma década, essa taxa era de 52%. Na população em geral, o procedimento interrompe 22% das gestações no país.
O aborto é legalizado em todo o Reino Unido desde 1967, mas há diferentes regras para as regiões do país. Na Inglaterra, na Escócia e no País de Gales, é permitido apenas para as mulheres com até 24 semanas de gestação. Não é necessária a autorização do pai da criança, mas a mãe precisa provar que a prática tem implicações para sua saúde ou razões econômicas ou sociais. Antes do aborto, dois profissionais de saúde precisam fazer um laudo que comprove que o procedimento é necessário.
A legislação apenas é diferente na Irlanda do Norte, onde a mulher só pode fazer o aborto quando a gravidez apresentar risco à sua saúde.
Apesar de a prática do aborto estar crescendo, o número de adolescentes que engravidam no país está em queda, o que sugere que as campanhas educativas que incentivam o uso de preservativos e outros métodos anticoncepcionais estão surtindo efeito.
O número de meninas com menos de 16 anos que engravidaram em 2008 foi de 7.586, uma queda de 7,5% em relação aos 8.200 casos de 2007. No mesmo período, 41,3 mil mulheres com menos de 18 anos engravidaram, uma queda de 3,8% na comparação com o ano anterior.

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21 de nov. de 2010

Sociedade alerta sobre excesso de sal no prato do brasileiro

Produto aumenta risco de pressão alta, que atinge 30 milhões de pessoas no país

A hipertensão, conhecida popularmente como “pressão alta”, atinge cerca de 30 milhões de brasileiros, de acordo com a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia). Segundo a entidade, o excesso de sal na alimentação é uma das causas do problema.
O conselheiro da Sociedade Brasileira de Hipertensão, Décio Mion afirma que o brasileiro tem consumido mais que o dobro da quantidade de sal recomendada diariamente pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
– O brasileiro consome diariamente uma média de 12 gramas de sal nas refeições, quando o recomendado são apenas 5 gramas. É um alerta importante a esse excesso de consumo. O sal está relacionado ao desenvolvimento da hipertensão e as pessoas com a doença podem ter complicações. E aqueles que têm histórico na família se tornam mais vulneráveis.
O médico enfatiza que o sal é usado como conservante em boa parte dos alimentos consumidos diariamente e que, por isso, é necessário verificar o teor de sal no rótulo de cada um desses produtos. De acordo com a SBC, um pacote de 100 g de pão de queijo tem 773 mg de sódio, uma porção de 100g de macarrão instantâneo, 1,516 mg, e um pacote de batata chips industrializada, 607 mg.
O hipertenso deve ainda evitar alimentos ricos em gordura animal, comidas muito calóricas e bebidas alcoólicas. A SBC recomenda que ele dê preferência a alimentos frescos, verduras, pescados, aves, cereais, frutas, legumes e fibras, além de praticar exercícios físicos.
A instituição recomenda ainda que a população procure aferir a pressão arterial pelo menos uma vez por ano, com exceção dos que têm histórico de hipertensão na família ou sedentarismo.


http://noticias.r7.com/saude

19 de nov. de 2010

Dia da Consciência Negra


O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A semana dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana da Consciência Negra.


A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo brasileiro (1594).
Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.
Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.
O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro precisava se contentar com o dia 13 de maio, Abolição da Escravatura – comemoração que tem sido rejeitada por enfatizar muitas vezes a "generosidade" da Princesa Isabel.


http://pt.wikipedia.org
http://www.google.com.br

16 de nov. de 2010

Nanismo - Menor mulher do mundo pede ajuda para tratamento

Hatice Kocaman tem 21 anos, 71 cm e sofre de nanismo e problemas nos quadris e coluna.



O Guinness Book, famoso livro de recordes mundiais, descobriu onde vive e o que faz a menor mulher do mundo. Hatice Kocaman, de 21 anos, tem 71 cm e pesa 7 kg. A baixa estatura é decorrência do nanismo, descoberto na infância. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (16) no Daily Mail.
Hatice mora com os pais Ibrahim e Hatun em uma região pobre de Kadirli, na Turquia, e não tem condições financeiras para um tratamento. Após anos de bullying na escola, Hatice disse que realizou o sonho de ser famosa.
- Era difícil quando eu era criança porque meus colegas de classe costumavam me provocar por causa de minha altura. Mas agora eu sou famosa por causa dela. Então isso me faz sentir como se fosse maior. Eu espero viajar e encontrar muitas pessoas incluindo o maior homem do mundo.
Hatice nasceu como um bebê normal, mas aos poucos a família percebeu que ela crescia de uma forma bem mais lenta do que as outras crianças, mesmo aprendendo a andar a falar.
Os pais procuraram médicos, que não souberam dizer qual era o problema. Por anos, a menina ia à clínica médica para medir altura e peso. Somente tempos depois, a família descobriu que a condição da filha era causada por um problema nos ossos causado por uma falha genética proveniente dos pais.
Além do nanismo, Hatice sofre de displasia no quadril (deslocamento) e problemas nas costas. O único adulto de quem ela ganha em altura é do que o nepalês Khagendra Thapa Magar, que tem 66 cm, considerado o menor homem do mundo.


http://noticias.r7.com/saude

14 de nov. de 2010

Movimento Contra o Linfoma

O que é o linfoma?

É um tipo de câncer que surge no sistema linfático, responsável pela defesa do organismo contra infecções. Pode ocorrer em qualquer pessoa, mas é na adolescência, entre os 15 e os 19 anos, que acontece o maior número de casos. A principal característica da doença é o aumento dos gânglios da garganta, axilas e virilha, muitas vezes vistos a olho nu. Ainda não se sabe como prevenir. Por isso o auto-exame é fundamental para que a pessoa note essas diferenças no seu corpo e procure um onco-hematologista, médico especialista desta área. Assim, quanto antes o linfoma for diagnosticado, maiores as chances de cura.


Alguns dados importantes

• No mundo, cerca de um milhão de pessoas têm linfoma nesse momento.
• No Brasil, 12 mil pessoas são diagnosticadas com linfoma anualmente, o que significa mais de uma pessoa a cada hora.
• O linfoma é o 3º câncer mais comum em crianças.
• O linfoma é o 5º câncer mais comum em mulheres e o 6º em homens.
• A incidência dessa doença aumenta em nosso país a cada ano.
• No Brasil, milhares de pessoas estão envolvidas diretamente com esta causa. Mas ainda é muito pouco.


Quais são os sintomas?

Além do inchaço dos gânglios linfáticos nas regiões do pescoço, axilas e virilha, também são comuns sintomas como febre, suor noturno, fadiga, perda de peso, perda de apetite e coceira na pele. Se eles persistirem por 15 dias, é vital buscar uma assistência médica. Alguns pacientes não apresentam qualquer sintoma e a doença é descoberta por acaso num exame de rotina. Por isso, fique atento a qualquer alteração corporal, que é essencial para um melhor tratamento.

O que é o Movimento?

O Movimento contra o Linfoma começa com você. Faça o auto-exame periodicamente, levando a mão ao pescoço e às outras regiões onde existem os gânglios linfáticos. Passe estas informações adiante e divulgue esta ação para o máximo de pessoas que puder. Com uma atitude simples, podemos salvar milhares de vidas.


Missão da Abrale

Produzir e disseminar conhecimento, oferecer suporte e mobilizar parceiros para alcançar a excelência e humanização no cuidado integral dos portadores de doenças onco-hematológicas (leucemia, linfoma, mielodisplasia e mieloma múltiplo) no Brasil.




http://www.youtube.com
http://www.movimentocontraolinfoma.com.br

Por que a ema e o avestruz são tão parecidos?

Em busca de novidades para o nosso Blog encontrei este maravilhooso video no You Tube, disponibilizado por www.operacaocerrado.org.br que traz a resposta para nossas duvidas Por que a Ema e o Avestruz são tão parecidos? um video muito divertido e bastante educativo.



http://www.youtube.com/watch?v=ojdjpoyHJ9s

Epidemia de cólera mata mais de 900 no Haiti

Ministério da Saúde divulgou novo boletim neste domingo 14/11.
917 morreram da doença até sexta, e 14.600 foram hospitalizados..


Haitiana ampara sua filha, com cólera, no Hospital Saint Catherine, na favela Cite-Soleil (Foto: St-Felix Evens / Reuters 12-11-2010)

Uma atualização no site do ministério informa que, até 12 de novembro, 917 pessoas morreram da doença, que deixou mais de 14.600 hospitalizadas desde que o surto começou há mais de três semanas no país mais pobre do Hemisfério Ocidental.
A província rural de Artibonite, o epicentro da epidemia, foi a mais afetada, com cerca de 600 casos do total de óbitos. Outras províncias afetadas foram Centro, Nord, Nord Ouest, Sud e Ouest, onde está localizada a capital Porto Príncipe.
A capital, que enfrentou a destruição provocada pelo terremoto de 12 de janeiro no Haiti, registrou 27 mortes até 12 de novembro.
O governo e seus parceiros de ajuda estão lutando para impedir a propagação da doença em favelas lotadas da cidade e acampamentos onde mais de 1,3 milhão de desabrigados sobreviventes do terremoto estão acomodados.
A previsão das Nações Unidas é que até 200.000 haitianos podem contrair cólera com o surto que afeta do país de quase 10 milhões de habitantes, e afirma que 163,9 milhões dólares em ajuda são necessários no próximo ano para combater a epidemia.

http://g1.globo.com/mundo/noticia

Saiba como escovar corretamente os dentes e evitar problemas bucais

Pesquisa do Ministério da Saúde revelou que mais da metade dos brasileiros não faz direito a escovação. Basta alguns minutos por dia para manter os dentes saudáveis, e os cuidados podem começar cedo.


As escovas podem ser coloridas, grandes, pequenas, com formatos que chamam a atenção. Tem até elétrica. Na hora de cuidar da higiene bucal, não faltam opções de escovas de dente no mercado. Mas como escolher entre tantas? “Pelo formato, pela qualidade. Isso que é fundamental”, diz uma senhora.
Mas um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde mostra que no ano passado, entre os brasileiros, 58% não tinham acesso adequado à escova de dente. O número inclui pessoas que utilizavam o produto de forma errada ou com pouca frequência.
Uma dentista explica que o ideal é que a escova tenha cerdas macias e cabeça pequena. O cabo deve ser reto para ajudar na escovação. Essas são lições que a pequena Emily de apenas 7 anos aprendeu direitinho. O Bom Dia Rio convidou a dentista para ir à casa da menina para conferir como anda escovação dela.
A avaliação foi boa, mas ainda pode melhorar. “Quando ela vai escovar a parte de fora dos dentes, ela pode inclinar a escova e fazer movimentos de vai-e-vem com a boca entreaberta. Não pode esquecer que a parte interna dos dentes também fica com sujeira. Então, também tem que escovar a parte interna da mesma maneira que escova a parte de fora dos dentes”, explicou a dentista.
“A gente também faz movimentos circulares para fazer a higiene da parte vestibular que tem contato com a bochecha e também na parte da frente”, afirmou a especialista.
Esses cuidados, se bem feitos, não tomam mais do que cinco minutos. O resultado são dentes branquinhos e sem cáries.
Você será que está fazendo tudo certo na hora de escovar os dentes? Um especialista conversou com a repórter Susana Naspolini, tirou as dúvidas e deu outras sugestões sobre assunto.


http://rjtv.globo.com/Jornalismo/RJTV

Escovar os dentes corretamente pode prevenir doenças cardíacas

Bactérias causadoras de gengivite podem entram na corrente sanguínea.
Alerta é dado por estudo escocês publicado no 'British Medical Journal'.

Uma pesquisa escocesa publicada no British Medical Journal, revista especializada em medicina, aponta que a saúde da boca está diretamente relacionada com a saúde geral do paciente. De acordo com o estudo feito com quase 12 mil pessoas, quem não escova os dentes, ou os escova apenas uma vez por dia, tem mais chance de ter problemas cardiovasculares.
O professor de odontologia Eduardo Rollo Duarte explica qual a relação entre a boca e o coração. "Pessoas que não escovam pelo menos duas vezes por dia tem 75% mais chances de terem problemas cardiovasculares. Muito provavelmente porque quem não escova bem ou escova pouco desenvolve gengivite, que é uma inflamação dos tecidos gengivais”, afirma o dentista.
Segundo os especialistas, as bactérias que causam a inflamação da gengiva entram na corrente sanguínea e podem se alojar nas artérias que irrigam o coração. Os parasitas seriam responsáveis por contribuir na obstrução da circulação do órgão, o que pode levar a um infarto.
Depois de fazer o tratamento dentário contra gengivite, o aposentado Élcio Bonasorte não só recuperou os dentes como conseguiu controlar o diabetes descompensado. "O primeiro pensamento da pessoa tem que ser esse, manter a boca sempre sadia", diz o paciente.
Os especialistas dão dicas de como fazer para fazer a escovação correta dos dentes. "Uma boa escovação começa com um forte bochecho com água, na pia do banheiro. A pessoa ao escovar precisa ver os movimentos, de preferência sem muita força, de forma circular em volta dos dentes com a ponta da escova, colocar as cerdas próximas à gengiva", afirma Eduardo.
“As escovas não duram. Eles devem ser trocadas com certa frequência. Toda vez que a escova estiver com as cerdas esgarçadas, com as pontinhas começam a ficar alteradas, a escovação não será eficaz, porque a cerda deve ser bem macia para poder limpar os dentes em volta da gengiva”, diz o dentista.
A escova de dentes deve ser trocada no máximo a cada dois ou três meses. Os dentistas dizem que não é preciso exagerar na quantidade de pasta de dente. O equivalente a um grão de ervilha é o suficiente, já que a parte importante da limpeza no uso adequado da escova.


http://g1.globo.com/ciencia-e-saude

11 de nov. de 2010

Uma lição que deve ser ouvida


Hoje, mais de 100 milhões de pessoas no mundo usam aparelhos MP3, MP4 e IPODs para ouvir músicas e ver vídeos. Por trás destes números, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), há um grave problema de saúde pública. Que cresce de forma lenta e silenciosa. É o que os especialistas chamam de Perda Auditiva Induzida por Ruídos (Dair), que, a longo prazo, pode até interferir na fala. Para alertar os jovens sobre as consequências do uso excessivo destes aparelhos, que já viraram ´febre` entre os adolescentes brasileiros, o Conselho Regional de Fonoaudiologia (Crefono 4) visita, até amanhã, alguns colégios do estado para medir a intensidade dos aparelhos usados pelos alunos. É a Semana de Saúde Auditiva.

Nesta quarta-feira, Dia Mundial de Prevenção e Combate à Surdez, o Colégio Damas, no bairro dos Aflitos, encerrou as atividades de conscientização entre os alunos. O resultado dos testes feitos pelo departamento de fonoaudiologia da escola não variou em comparação às outras instituições que já aplicaram os testes de medição de intensidade. ´A maioria dos alunos ainda usa os aparelhos em volumes não satisfatórios, mas nós abordamos mais de 600 deles.

http://www.diariodepernambuco.com.br
Glynner Brandão

10 de nov. de 2010

Egito usa água reaproveitada para transformar deserto em florestas


O governo egípcio desafia a natureza ao regar áreas desérticas com água reaproveitada para convertê-las em florestas, cuja superfície já equivale ao território do Panamá.
A diferença verificada após a intervenção humana é dramática: onde antes havia uma paisagem desértica e inóspita, agora há áreas verdes cobertas de árvores de alto valor econômico como álamos, papiros e eucaliptos.

Tudo isso foi possível graças à água que utilizam, poluem e desperdiçam todos os dias os 80 milhões de egípcios. Ironicamente, essa é a melhor opção para as chamadas "florestas feitas à mão".

Nabil Kandil, especialista na análise de terrenos desérticos adequados para o florestamento e professor do Instituto de Pesquisa de Solo, Água e Meio Ambiente, explicou como é possível a transformação.

- A água residual pode transformar o que não é fértil, como o deserto, em algo fértil, já que contém nitrogênio, micronutrientes e substâncias orgânicas ricas para a terra.

A opinião é compartilhada pelo professor do Departamento de Pesquisa de Contaminação da Água, Hamdy el Awady, que até ressalta a superioridade das plantas regadas com água reaproveitada.

- Esse tipo de água tem muito mais nutrientes do que a água tratada e, por isso, é uma fonte extra de nutrição que pode fazer com que as plantas resistentes aos climas hostis cresçam mais rápido e, inclusive, tenham folhas mais verdes.

Os dois professores sabem bem a importância de equilibrar a oferta e a demanda em um país que produz 7 milhões de m3 de água residual ao ano e que, ao mesmo tempo, tem 95% de seu território coberto por desertos estéreis ou com pouca vegetação.

Ao todo, há 34 florestas ao longo do país, localizadas em cidades como Ismailia e Sinai, no norte, e em regiões turísticas do sul, como Luxor e Assuã, num total de 71.400 km2 que equivalem à superfície total do Panamá.

De acordo com o governo egípcio, há outras dez florestas em processo de "construção", em uma área de 18.600 km2.

Os mais de 71 mil km2 de floresta plantados até agora são resultado das análises de solo, clima e água que possibilitaram a escolha das espécies de árvores capazes de sobreviver em condições extremas, como explica El Awady.

- A boa notícia é que as plantas são seletivas. São elas que selecionam a quantidade de água e os nutrientes necessários para sobreviver.

A maioria das espécies cultivadas até agora são árvores como álamos, papiros, casuarinas e eucaliptos, semeadas para responder à demanda de madeira do país, além de plantas para produzir biocombustíveis como a jatrofa e a jojoba, e para fabricar óleo, como a colza, a soja e o girassol.

Para Kandil, esses resultados são a prova de que "o problema não é a terra, pois no Egito há de sobra, mas de onde extrair a água".

E obtê-la das estações de tratamento primário - onde são eliminados os poluentes sólidos - foi a saída mais barata, especialmente porque os sistemas de irrigação que transportam e bombeiam o líquido são os mesmos utilizados há anos pelos camponeses egípcios.

Apesar dessa água exigir precaução devido à presença de poluentes e os impactos da mudança no ecossistema para a biodiversidade sejam desconhecidos, o projeto, implementado pelo Ministério da Agricultura em parceria com o do Meio Ambiente, parece ter obtido sucesso.

De acordo com Kandil, as "florestas feitas à mão" não só combatem as secas, a desertificação e a erosão, mas "aproveitam a água residual, maximizam o benefício para os agricultores e satisfazem as necessidades de madeira do Egito, gerando benefícios econômicos para o país".

http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia
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8 de nov. de 2010

A biodigestão é usada na geração de energia

Conheça um exemplo que vem do lixão. Uma pesquisa que envolve a universidade, a Prefeitura do Recife e a Chesf mostra a biodigestão na geração de energia. Confira na aula de química do Projeto Educação.

Durante 25 anos, o lugar foi um depósito de lixo. Um símbolo de agressão humana e ambiental. Agora, o Aterro Controlado da Muribeca tem outro futuro. Por baixo das camadas de barro, o lixo depositado no local até o ano passado está em decomposição. Um processo químico que leva anos, às vezes séculos dependendo do produto.

E esse processo libera gases, entre eles o metano, carbônico e sulfídrico. “Os aterros têm que ter um espaço para liberar gases, senão podem até explodir. É isso que assegura a estabilidade do aterro. Nós não vemos a chama, porque a queima do metano é completa”, disse o professor Gilton Lyra.

Pesquisadores descobriram uma maneira de capturar o biogás e transformá-lo em energia elétrica. Em uma parte do aterro instalaram drenos. O gás é transportado por uma tubulação. O equipamento retira a umidade e o biogás segue até a usina.

O projeto do Aterro da Muribeca é um piloto. Uma experiência em pequena escala. No local, são produzidos 17KW por hora, o suficiente para abastecer 200 casas populares.

Atualmente, a energia elétrica é usada pelo próprio aterro. As pesquisas começaram há dois anos e apontam soluções que podem beneficiar o planeta. “A moeda do futuro é o crédito de carbono para os países desenvolvidos. Essa experiência pode ser aplicada em outros lixões do país”, falou o pesquisador da UFPE Eduardo Maia

http://pe360graus.globo.com/educacao

A gestão ambiental é capaz de ajudar na preservação da Mata Atlântica

No século XVI, 12% do território nacional eram cobertos pela Mata Atlântica. Desde então o território foi devastado e o número reduziu para 5%. A gestão ambiental é capaz de ajudar na preservação desse ecossistema.

A reserva ecológica de Tapacurá pertence ao São Lourenço da Mata e faz limite com outras sete cidades - Paudalho, Camaragibe, Chã de Alegria, Jaboatão, Moreno, Recife e Vitória de Santo Antão. São 776 hectares.

Quando se fala em Mata Atlântica, muita gente pensa apenas no oceano Atlântico.: “toda essa área do Recife, Olinda, Jaboatão, Itamaracá, já foi coberta pela Mata Atlântica. Todo esse cenário urbano já foi palco dessa floresta. Devido a essa ocupação urbana, não temos quase nada da mata na costa urbana”.

Ocupação urbana, destruição da mata que protegia o Brasil há 500 anos. Ela quase desapareceu do litoral. Isso é grave e professor conta o porquê, “os fragmentos atuais estão desconectados. Entre eles há cidades e grandes aeras agricultáveis, o que impossibilita o fluxo natural da biodiversidade. As populações de espécies ficam divididas em ‘ilhas’ e isso dificulta a reprodução”.

A reserva de Tapacurá foi criada em 1975. Calcula-se que existem mais de cem mil árvores de pau-brasil no espaço. Parte da área é protegida por seguranças da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Um programa de gestão ambiental controla a entrada de pesquisadores, alunos, turistas e equipes de reportagem. É assim que a Mata Atlântica vive e é preservada: “nós estamos vendo o topo da floresta, que encontra-se destinada a visitação de pesquisas científicas, com teses de mestrado e doutorado sendo desenvolvidas”.

http://pe360graus.globo.com/educacao acesso 08/11/10
Geraldo Moura

MEC prevê que quase 2 mil terão direito a refazer o Enem

A assessoria do Ministério da Educação (MEC) informou, na manhã desta segunda-feira (8), que prevê que cerca de 2.000 pessoas tenham direito a refazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), devido a erros na impressão de cadernos de prova e cartões de resposta. Segundo o MEC, o exame deve ser reaplicado para essas pessoas entre o fim de novembro e o começo de dezembro de 2010.

Segundo informações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), um lote inferior a 1% do total das provas do caderno amarelo teve problemas na impressão. Dos estudantes que receberam essas provas, a grande maioria teria recebido um novo exemplar do caderno de questões. O Inep também informou que a minoria desses estudantes não teve o caderno substituído ou se recusou a substituir a prova.

O MEC também informou que, devido aos problemas com o Enem, o ministro Fernando Haddad (foto 1) desistiu de fazer a viagem que estava programada para esta semana em Moçambique, na qual acompanharia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula embarcou para Maputo, capital de Moçambique, na manhã desta segunda.

O Inep deve receber ainda nesta segunda-feira o relatório de aplicação das provas, que indicará possíveis prejudicados no exame, realizado no último final de semana.

O presidente do Inep, Joaquim José Soares Neto disse neste domingo (7) que o órgão vai abrir na quarta-feira (10) uma página na internet para reclamações de estudantes que se sentiram prejudicados com os erros no caderno de respostas do primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O espaço funcionará até o dia 16.

RECLAMAÇÕES

Além dos problemas com os cadernos da cor, houve também questões repetidas e questões completamente diferentes, mas com o mesmo número. Muita gente ficou sem saber como preencher o gabarito. Os candidatos podem levar essas queixas à Justiça, de acordo com conselheiro nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Pedro Henrique Reynaldo Alves (foto 2).

“Os estudantes que se sentirem prejudicados devem procurar o Ministério Público para relatar o problema e o inquérito civil ser instalado. Assim, será possível para apurar a abrangência do problema. A nossa preocupação é instaurar a isonomia, a igualdade de competição, do exame”, disse.

CARTÃO DE RESPOSTAS

O presidente do Inep, Joaquim José Soares Neto disse, neste domingo (7), que o órgão vai abrir na quarta-feira (10) uma página na internet para reclamações de estudantes que se sentiram prejudicados com os erros no caderno de respostas do primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O espaço funcionará até o dia 16.

No sábado (6), no caderno de questões, os primeiros 45 itens eram de ciências humanas e suas tecnologias e os outros 45, de ciências da natureza e suas tecnologias. No caderno de respostas, o primeiro subtítulo, referente às primeiras 45 respostas, era de ciências natureza. E, depois, havia o anúncio das respostas de ciências humanas.

Justiça Federal concede liminar para suspensão do Enem

A Justiça Federal do Ceará aceitou pedido de liminar do Ministério Público Federal do estado nesta segunda-feira (8), que pede a suspensão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010. A juíza da 7ª Vara Federal, Carla de Almeida Miranda Maia, aceitou a argumentação de ação civil pública do MPF, que afirma que erros no exame causaram prejuízo para os candidatos. A decisão tem efeito em todo o Brasil. Cabe recurso.

O Enem 2010 foi aplicado neste fim de semana, em todo o país. No sábado, estudantes reclamaram de erros na folha de respostas e na prova amarela. O Ministério da Educação (MEC) já admitiu as falhas.

A decisão da Justiça cita erros de impressão no cartão de respostas e nas provas amarelas, além de erros na aplicação da prova, como o caso de um repórter que entrou com um celular na sala de provas.

"A disponibilização de requerimento àqueles estudantes prejudicados pela prova correspondente ao caderno amarelo, e a intenção de realizar provas apenas para os que reclamarem administrativamente não resolve o problema. Novas provas poriam em desigualdade todos os candidatos remanescentes. Do mesmo modo, novas provas não solucionaram o problema da segurança na aplicação do exame", diz trecho da decisão.

Ainda, de acordo com a decisão, a juíza havia indeferido um pedido de liminar do MPF, que solicitava a não realização do Enem. Com os erros do exame no sábado (6) e no domingo (7), a juíza decidiu aceitar o pedido de suspensão nesta seguda-feira.

"Nada obstante, as falhas havidas na aplicação das provas do Enem nos dias 6 e 7 deste mês de novembro não só confirmam o justo receio, manifestado pelo órgão ministerial, como vão além, tornando, concretizado o justo receio em erros palpáveis e bem delineados, sobejamente justificadores do pedido liminar ora apreciado", afirma a decisão.

A juíza comenta ainda o fato de vários estudantes terem perdido tempo devido aos problemas no exame. "Além disso, há situações em que houve apenas perda de tempo precioso para o aluno. Nessas hipóteses e noutras, qual seria o remédio para essa falha de aplicação das provas? Essa transgressão dos direitos públicos subjetivos dos candidatos requer que se suspenda o processo do Enem a fim de se avaliarem, de modo percuciente, as soluções efetivas", diz outro trecho.

Em nota publicada no site, o Ministério da Educação afirmou que a preocupação da magistrada referente à igualdade de condições dos concorrentes está assegurada pela utilização da Teoria de Resposta ao Item (TRI). De acordo com o texto, a consultoria jurídica do MEC/Inep conclui esclarecimentos para a Justiça Federal do Ceará.

Segundo a nota do MEC, a TRI permite a comparabilidade no tempo. "Em 2009, por exemplo, foram aplicadas duas provas distintas em momentos distintos, em virtude de inundações em duas cidades do Espírito Santo e as provas nos presídios", diz a nota.

Ainda de acordo com o texto do MEC, com a TRI, o conjunto de modelos matemáticos usados no Enem permite que os exames tenham o mesmo grau de dificuldade. Testadas antes da prova, as questões ganham um peso que varia de acordo com o desempenho dos estudantes nos pré-testes — quanto mais alunos acertam uma determinada pergunta, menor o peso que ela terá na prova porque o grau de dificuldade é supostamente menor.

A aplicação da teoria da resposta ao item é frequente nas avaliações em testes de múltipla escolha aplicados em diversos países, de acordo com o MEC. "No Brasil, a TRI é usada desde 1995 nas provas do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que mede o desempenho de estudantes do ensino fundamental e médio. Em 2009, foi usada pelo Enem com o objetivo de garantir a comparação das notas do exame daquele ano com os seguintes", conclui a nota do ministério.

http://pe360graus.globo.com/educacao acesso 08/11/10

1 de nov. de 2010

Nanotecnologia

O que é um nanômetro?

É a bilionésima parte de um metro, ou seja, um metro dividido em um bilhão de partes iguais; é representado por 10-9m. Para ficar mais claro, podemos pensar que um nanômetro é 70 mil vezes menor que a espessura de um fio de cabelo.

Por que o nome "nano"?

Nano quer dizer anão, o que é exatamente o que ocorre com a nanotecnologia.

Há muita gente estudando isso no mundo?

Uma pesquisa feita pela revista forbes, informou que 100% das mil maiores empresas do mundo estão investindo boa parte do seu capital em pesquisas com nano produtos.

Existem aplicações práticas dessas pesquisas?

Sim. Em praticamente todas as áreas do conhecimento humano temos possíveis aplicações desses produtos. O uso de nano imãs, por exemplo, já pode ser usado para direcionar drogas que se destinam ao combate ao câncer; a produção da substância mais escura do mundo já é uma realidade, e isso pode ter utilidade na produção de energia pela capacidade, quase ilimitada, de absorção da energia solar; muitas nano partículas podem ser produzidas com a capacidade de atravessar - livremente - as membranas celulares, as barreiras hemato-enefálicas (que limitam a passagem de certas substâncias do sangue para o tecido cerebral); é possível que, em um futuro próximo, possamos desenvolver nano robôs com a capacidade de circular no interior das nossas artérias, desobstruindo-as no caso de possíveis entupimentos por gordura; enfim, a manipulação de produtos em nível molecular e atômico pode ter muitas aplicações benéficas ao homem e à sociedade.

O Boticário, a Natura, a Universidade de Campinas (Unicamp), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) são apenas algumas das instituições nacionais que já fizeram depósitos de patentes de cosméticos que usam a nanotecnologia em sua produção.

Existem riscos do uso da nanotecnologia?

Tudo o que é novo exige cuidado para o seu uso. O correto é trabalhar com toda a segurança, sobretudo naquilo que envolve - ou pode envolver - seres vivos ou o meio ambiente. Nano partículas são pequeníssimas e, por isso mesmo, muito leves e praticamente impossíveis de se recuperar se escaparem para o meio ambiente; isso as torna possíveis nano poluentes que podem, inclusive, sofrem magnificação trófica ou bioacumulação, ou seja, ficarem retidos nos organismos ao longo das cadeias alimentares, provocando danos enormes, sobretudo nos últimos níveis tróficos.

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Fernando Beltrão