28 de nov. de 2010

Brasileiros aprovam proibição do uso de sacolas plásticas para carregar compras


A proibição do uso de sacolas plásticas para carregar compras é aprovada por 60% da população, segundo a pesquisa Sustentabilidade Aqui e Agora, feita pelo Ministério do Meio Ambiente, em parceria com a rede de supermercados Walmart. O levantamento, que ouviu 1,1 mil pessoas em 11 capitais, constatou também que 21% não saberiam como descartar o lixo doméstico sem os saquinhos, 40% acreditam que limpeza pública é o principal problema ambiental nas suas cidades ou bairros, 61% acham que a responsabilidade é dos órgãos públicos e 18% que o meio ambiente é responsabilidade dos indivíduos.
Ainda de acordo com a pesquisa, 82% dos cidadãos se dispõem a participar de abaixo-assinados para responder questões ambientais, mas sem atuar diretamente na solução dos problemas. O estudo apontou que 59% dos entrevistados disseram que o meio ambiente deve ter prioridade sobre o crescimento econômico.
Na opinião da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, para mudar o comportamento das pessoas que acham a sacola essencial para o descarte do lixo doméstico é preciso informar sobre o que fazer para eliminar o lixo e ter estrutura para recepcionar os resíduos. “Isso tem a ver com nossa capacidade de gerar menos resíduo, ou seja, nós temos que exigir embalagens práticas, mais eficientes e coleta seletiva. Nós precisamos informar mais, dotar as cidades de maior infraestrutura para tratar do resíduo, mobilizar outros atores, como os catadores de lixo, estruturando cooperativas para agregar valor a essa atividade”, disse.
O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, disse que a entidade tem um plano de redução das sacolas em 30% até 2013 e 40% até 2015. Segundo ele, de 2007 a 2009 o consumo desse tipo de embalagem caiu 30%. “Cobrar pelas sacolas é um caminho para reduzir o uso. A sociedade está preparada para esse trabalho. Mas é preciso trabalhar ainda a questão da educação e implantar novas tecnologias de plástico verde”, afirmou.

Produtos “verdes”: preço maior ainda é entrave

O estudo indicou também que, apesar de 74% das pessoas manifestarem motivação para comprar itens produzidos com menor impacto ambiental, o fator custo é limitante. Mais de 90% dos brasileiros não querem pagar mais por produtos ecologicamente corretos.
Segundo a pesquisa, 91% dos entrevistados não aceitam pagar mais por produtos cultivados sem químicos e somente 27% compraram produtos orgânicos nos últimos 12 meses.

Entretanto, 21% da população não sabe como descartar o lixo sem os saquinhos.
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por Globo Rural Online, com informações da Agência Brasil