4 de jan. de 2013

Dispositivo portátil realiza 50 testes a partir de uma gota de sangue

Um novo dispositivo do tamanho de um cartão de crédito pode permitir que médicos testem os níveis de insulina, colesterol, e até mesmo sinais de infecção viral ou bacteriana ao mesmo tempo, por meio de uma gota de sangue.
O novo teste, que recebeu o nome de V-Chip, pode tornar possível fornecer exames em áreas remotas e outras situações de necessidade.
"V-Chip é preciso, barato e portátil. Ele requer apenas uma gota de uma amostra, e não um frasco de sangue, e pode fazer 50 testes diferentes de uma só vez", afirma o pesquisador principal Lidong Qin do Methodist Hospital Research Institute, nos EUA.
Ensaios semelhantes são tipicamente feitos usando equipamentos grandes e complexos, como espectrômetros de massa, ou exigem análise de fluoroscopia, que também deve ser feita em um laboratório.
O V-chip, por outro lado, pode ser transportado dentro do bolso. Ele é composto por duas peças finas de vidro. Entre elas estão compartimentos de quatro aspectos: peróxido de hidrogênio, até 50 diferentes anticorpos para proteínas específicas, fragmentos de DNA ou RNA e a enzima de catalase, soro ou sangue e um corante.
Inicialmente, os compartimentos são mantidos separados um do outro. A mudança nas placas de vidro leva eles a entrarem em contato, criando um caminho contíguo de uma das extremidades do V-chip para a outra.
Conforme a substância de interesse, por exemplo, a insulina, une-se a anticorpos ligados à lâmina de vidro, a catalase se torna ativa e divide o peróxido de hidrogênio nas proximidades em água e gás oxigênio. Esta abordagem é designada ELISA, ou enzyme-linked immunosorbent assay. O oxigênio empurra a coluna do corante. Quanto mais insulina está presente, mais oxigênio é criado, e mais longe o corante é empurrado para cima do vidro. Testes mostram que a distância é mais ou menos proporcional à quantidade de substrato presente, neste exemplo, a insulina.
O resultado final é um gráfico de barras visual. Fácil de ler e preciso, segundo Qin.
"A sensibilidade do V-chip pode ser melhorada se os canais mais estreitos e longos forem usados. Nossos próximos passos são tornar o dispositivo mais simples, que quase não precise de instruções", conclui Qin.

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