14 de jul. de 2012

“Pílula do Dia Seguinte” no organismo.

Vejamos como funciona a gravidez.

Assim que termina a menstruação, a hipófise recomeça o ciclo secretando um hormônio chamado FSH (hormônio folículo-estimulante). É esse hormônio que “avisa” aos ovários momento certo para preparar um folículo para a ovulação.
O folículo se desenvolve e começa a produzir o estrógeno. Ele faz com que o revestimento uterino aumente para que esteja pronto para aceitar o óvulo fertilizado.
O hipotálamo e a glândula hipófise (pituitária) regulam o nível de estrógeno presente no sangue. Quando esse nível estiver suficientemente alto, a glândula hipófise libera o Hormônio Luteinizante (LH). Esse hormônio “avisa” o folículo para lançar o óvulo na Trompa de Falópio.
Se o esperma fertilizar o óvulo durante esse período e as condições estiverem favoráveis, o óvulo fertilizado será implantado no revestimento uterino preparado e a mulher estará grávida.
Caso não ocorra a fertilização ou se algo evitar a implantação, a mulher não irá engravidar e, após duas semanas da ovulação, irá começar a menstruar.

Bem, mas onde a “Pílula do Dia Seguinte”, ou Levonorgestrel entra nessa história? O Levonorgestrel interrompe o ciclo hormonal natural, ou seja, ele pode prevenir ou atrasar o lançamento do óvulo. A pílula contém em sua fórmula um hormônio sintético em alta dose. Esse hormônio diminui no organismo o nível do FSH que é o responsável, entre outras coisas, pelos movimentos da trompa que liberam o óvulo e o empurram em direção ao útero. Sem FSH, a trompa não realiza movimentos, o óvulo fica imóvel e não encontra o espermatozóide. Isso interrompe o ciclo evitando que a fertilização aconteça.

Mas, atenção: Caso a ovulação já tenha ocorrido, o Levonorgestrel será menos eficaz. Por isso é importante utilizar a pílula o quanto antes após uma relação sexual sem proteção e por isso o nome de “Pílula do Dia Seguinte”. Caso o óvulo fertilizado já tenha sido implantado, a pílula não terá nenhum efeito. Assim, quanto mais demorar para tomar a pílula, menores serão as chances da pílula dar certo.

http://diariodebiologia.com/2012/04/10399/