13 de jun. de 2012

Narcolepsia


Narcolepsia é uma condição neurológica caracterizada por episódios irresistíveis de sono e em geral distúrbio do sono. É um tipo de dissonia.

O sintoma mais expressivo é a "preguiça" e sonolência diurna excessiva, que deixa o paciente em perigo durante a realização de tarefas comuns, como conduzir, operar certos tipos de máquinas e outras acções que exigem concentração. Isso faz com que a pessoa passe a apresentar dificuldades no trabalho, na escola e, até mesmo, em casa.

Na maioria dos casos, o problema é seguido de incompreensão familiar, de amigos e patrões. A sonolência, geralmente, é confundida com uma situação normal, o que leva a uma dificuldade de diagnóstico. É comum portadores da narcolepsia passarem a vida inteira sem se darem conta que o seu quadro é motivado por uma doença, sendo tachados por todo esse tempo de preguiçosos e dorminhocos. No entanto, se o narcoléptico procurar ajuda especializada, vai descobrir que é vítima de um mal crónico, cujo tratamento é feito por meio de estimulantes e que se pode prolongar por toda a vida.

As manifestações da narcolepsia, principiando pela sonolência diurna excessiva, começam geralmente na adolescência, quando piora, leva à procura médica à medida que os sintomas se agravam. A narcolepsia é um dos distúrbios do sono que pode trazer consequências individuais, sociais e econômicas graves.

A palavra Narcolepsia vem do grego nárke = narco, estupor, sonolência + lepsis = lepsia, crise) é o desejo incontrolável de dormir ou as crises repentinas de sono. Esta palavra - narcolepsia - foi cunhada por Gelineau (1880), caracterizando esta doença crônica.

 

 Narcolepsia Canina

 

 A narcolepsia é encontrada nas raças Dobermann, Golden Retriever, Labrador, Poodle, Beagle e Dachshund. É evidente o caráter genético em familiares de cães da raça Doberman com narcolepsia. A narcolepsia canina parece estar associada a um gene autossômico com penetrância incompleta denominado canarc-1. O estudo deste modelo animal é importante para a compreensão da narcolepsia humana, devido à semelhança na sintomatologia e no tratamento.

 

Tratamento

 

O tratamento da narcolepsia é feito com medicamentos estimulantes (Simpaticomiméticos) para manter os narcolépticos acordados, incluindo a anfetamina e seus derivados como o metilfenidato. Por ser uma doença de longa duração, o tratamento inclui também a orientação dos pacientes e familiares. A Associação Paulista de Medicina (APM) realiza desde 2001 em São Paulo reuniões periódicas de orientação aos portadores de narcolepsia e familiares, coordenadas pelo Grupo de Pesquisa Avançada em Medicina do Sono (Prof. R. Reimão) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Em 2002 foi criada a Sociedade Brasileira de Apoio ao Narcoléptico (Sobran) em São Paulo, sendo a cerimônia de fundação realizada na Associação Paulista de Medicina e tendo como fundadores o Prof. Rubens Reimão do Departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, a psicóloga Carmen Alcântara e outros.

 

História da Medicina do Sono no Brasil

 

No Brasil, o primeiro atendimento em Medicina do Sono foi iniciado em 1977 pelo Prof. Rubens Reimão no Departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em São Paulo, que persiste ininterrupto desde então até os dias de hoje.

A primeira sociedade médica dos pesquisadores do sono no Brasil foi fundada em 1985, e denominou-se Sociedade Brasileira de Sono. O fundador e primeiro Presidente foi: Rubens Reimão.

A primeira sociedade dos pesquisadores latino-americanos foi fundada em 1986 e denominou-se Sociedade Latino-americana de Sono. A sua primeira directoria compunha-se de: Presidente: Rubens Reimão (Brasil); Vice-Presidente: Jaime Monti (Uruguai); Secretário-Tesoureiro: Enrique Soltanik (Argentina).

http://pt.wikipedia.org/wiki/Narcolepsia#Narcolepsia_Canina