A Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) concluiu, por meio de análise, que os
produtos suspeitos de estarem contaminados com a bactéria Clostridium
botulinum - que causa o botulismo - não estão infectados.
A
suspeita surgiu após quatro pessoas de uma mesma família em Santa Fé do
Sul (SP), na região de São José do Rio Preto, serem internadas com
sintomas da doença e levou à proibição, no último dia 23, da venda dos
lotes 1E0712 da mortadela da marca Estrela e 300437 do milho verde em
conserva da marca Quero.
As
pessoas com suspeita da doença foram internadas no dia 19 com diarreia,
vômito, dificuldade para andar e visão dupla. Foi necessária a
colaboração da Polícia Militar (PM), que cedeu um helicóptero para
levar, da capital até Santa Fé do Sul, o soro de combate à intoxicação. A
bactéria que causa o botulismo normalmente está no solo e também pode
ser encontrada em alimentos mal conservados, em enlatados e embutidos.
O
último registro da doença no estado de São Paulo foi em 2009. Desde o
ano de 1997, quando a doença passou a ser de notificação compulsória, o
estado registrou 22 casos com cinco mortes. O botulismo é uma infecção
bacteriana que provoca um quadro de intoxicação grave.
Segundo
nota da Anvisa, a toxina responsável pela doença não foi identificada
no resíduo do alimento encontrado na casa da família, preparado a partir
da conserva de milho e da mortadela. De acordo com as informações, a
análise foi feita a partir de uma amostra da mortadela e de uma lata
vazia do milho. " Apesar de as investigações continuarem, a medida
cautelar de não consumir esses produtos fica suspensa a partir da
divulgação destes resultados" , disse em nota a Anvisa.
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