Um novo dispositivo do
tamanho de um cartão de crédito pode permitir que médicos testem os
níveis de insulina, colesterol, e até mesmo sinais de infecção viral ou
bacteriana ao mesmo tempo, por meio de uma gota de sangue.
O
novo teste, que recebeu o nome de V-Chip, pode tornar possível fornecer
exames em áreas remotas e outras situações de necessidade.
"V-Chip
é preciso, barato e portátil. Ele requer apenas uma gota de uma
amostra, e não um frasco de sangue, e pode fazer 50 testes diferentes de
uma só vez", afirma o pesquisador principal Lidong Qin do Methodist
Hospital Research Institute, nos EUA.
Ensaios
semelhantes são tipicamente feitos usando equipamentos grandes e
complexos, como espectrômetros de massa, ou exigem análise de
fluoroscopia, que também deve ser feita em um laboratório.
O
V-chip, por outro lado, pode ser transportado dentro do bolso. Ele é
composto por duas peças finas de vidro. Entre elas estão compartimentos
de quatro aspectos: peróxido de hidrogênio, até 50 diferentes anticorpos
para proteínas específicas, fragmentos de DNA ou RNA e a enzima de
catalase, soro ou sangue e um corante.
Inicialmente,
os compartimentos são mantidos separados um do outro. A mudança nas
placas de vidro leva eles a entrarem em contato, criando um caminho
contíguo de uma das extremidades do V-chip para a outra.
Conforme
a substância de interesse, por exemplo, a insulina, une-se a anticorpos
ligados à lâmina de vidro, a catalase se torna ativa e divide o
peróxido de hidrogênio nas proximidades em água e gás oxigênio. Esta
abordagem é designada ELISA, ou enzyme-linked immunosorbent assay. O
oxigênio empurra a coluna do corante. Quanto mais insulina está
presente, mais oxigênio é criado, e mais longe o corante é empurrado
para cima do vidro. Testes mostram que a distância é mais ou menos
proporcional à quantidade de substrato presente, neste exemplo, a
insulina.
O resultado final é um gráfico de barras visual. Fácil de ler e preciso, segundo Qin.
"A
sensibilidade do V-chip pode ser melhorada se os canais mais estreitos e
longos forem usados. Nossos próximos passos são tornar o dispositivo
mais simples, que quase não precise de instruções", conclui Qin.
http://www.isaude.net