O tecido do futuro é feito com polímeros.
Sabe aquele seu terno preferido? Talvez você possa torná-lo eterno a
partir da aplicação de um polímero em sua superfície. Imagine só, ele
não iria se desfazer com o passar dos anos e nem perder a cor devido a
lavagem frequente, não seria maravilhoso? O que parece ser ficção
científica tem sim um embasamento lógico.
Os Perfluoropoliéteres (PFPE) são polímeros com estrutura molecular
na forma de longas cadeias, com carbonos ligados a dois átomos de flúor e
interligados entre si através de oxigênios, formando, assim, cadeias
cada vez maiores. A presença dos átomos de flúor confere ao polímero um
revestimento duro e os átomos de oxigênio, por sua vez, o deixam mais
flexível. Assim, temos um polímero altamente duro e flexível,
características estas que o tornam impermeável a qualquer substância e
inerte à reações com outros compostos (a não ser os da mesma espécie).
O que conseguiríamos fazer com tal polímero? Na verdade, ele já é
aplicado na forma de óleo de revestimento em prédios históricos
oferecendo uma maior resistência ao ataque de agentes corrosivos. Seria
uma ótima ideia utilizar o PFPE em veículos espaciais, para conferir
resistência à temperaturas altas ou baixas e à ação corrosiva.
Mas a ideia inicial de aplicar o PFPE em peças de estimação não é tão
absurda. Aliás, já deve estar sendo testada, ainda em fase de
experimentação, é claro. Afinal, as cadeias curtas de PFPE já foram
testadas no mercado em produtos de higiene pessoal como xampus, óleos de
banho, bronzeadores... e o resultado são produtos atóxicos (não
irritantes) e que proporcionam maior maciez à pele e cabelos.
Por Líria Alves
http://www.brasilescola.com/quimica/polimero-indestrutivel.htm
Por Líria Alves