Pela manhã, um boletim médico já dava a dimensão da gravidade do estado de saúde de José Alencar. Ele tinha uma oclusão, obstrução no intestino, e uma peritonite, que é a inflamação da membrana que reveste o abdômen, provocada por uma perfuração no intestino.
Todos esses problemas agudos sofridos pelo ex-vice-presidente eram consequência de um câncer no abdômen diagnosticado em 2006, o último de uma série de tumores que começaram a surgir há 14 anos. Ele enfrentou cirurgias e tratamentos longos e doloridos.
Nesta terça-feira, a preocupação da equipe médica era apenas minimizar o sofrimento de José Alencar. “Não tem mais condições de tratamento cirúrgico. Nós estamos dando a ele todas as medidas de suporte para ele não sofrer”, declarou o médico Raul Cutait.
Às 14h30, o médico já não tinha esperanças: “Conforme vocês viram no boletim, o presidente está em uma fase... Se preparando para descansar”, disse.
Nesta última internação, na segunda, sentindo muitas dores, José Alencar foi direto para a UTI. Passou as últimas horas sedado.
Uma nota curta, o médico anunciou que Alencar morreu as 14h41, em decorrência do câncer e da falência de múltiplos órgãos.
http://g1.globo.com