29 de mar. de 2011

Morre José Alencar aos 79 anos.

Morreu, nesta terça-feira (29), em São Paulo, aos 79 anos, o ex-vice-presidente da República, José Alencar. Ele tinha sido internado no início da tarde de segunda no Hospital Sírio-Libanês

Pela manhã, um boletim médico já dava a dimensão da gravidade do estado de saúde de José Alencar. Ele tinha uma oclusão, obstrução no intestino, e uma peritonite, que é a inflamação da membrana que reveste o abdômen, provocada por uma perfuração no intestino.

Todos esses problemas agudos sofridos pelo ex-vice-presidente eram consequência de um câncer no abdômen diagnosticado em 2006, o último de uma série de tumores que começaram a surgir há 14 anos. Ele enfrentou cirurgias e tratamentos longos e doloridos.

Nesta terça-feira, a preocupação da equipe médica era apenas minimizar o sofrimento de José Alencar. “Não tem mais condições de tratamento cirúrgico. Nós estamos dando a ele todas as medidas de suporte para ele não sofrer”, declarou o médico Raul Cutait.

Às 14h30, o médico já não tinha esperanças: “Conforme vocês viram no boletim, o presidente está em uma fase... Se preparando para descansar”, disse.

Nesta última internação, na segunda, sentindo muitas dores, José Alencar foi direto para a UTI. Passou as últimas horas sedado.

Uma nota curta, o médico anunciou que Alencar morreu as 14h41, em decorrência do câncer e da falência de múltiplos órgãos.

http://g1.globo.com

25 de mar. de 2011

Espermatozoides são criados em laboratório pela 1ª vez no Japão.



Um grupo de pesquisadores da Universidade de Yokohama, no Japão, conseguiu produzir espermatozoides saudáveis de camundongos em laboratório. Segundo a equipe do departamento de urologia, liderada pelo professor Takehiko Ogawa, o método pode ser melhorado no futuro para uso em humanos, sendo útil para diagnosticar e tratar problemas de fertilidade masculina.

O feito é explicado na edição desta quinta-feira (24) da revista "Nature". A técnica consiste em retirar pequenos pedaços dos testículos de camundongos com idade entre 3 a 5 dias, por meio de uma cirurgia conhecida como biópsia. Os tecidos foram levados em seguida para cultivo em placas com um material que garantiu a sobrevivência das células.

Como foram retirados de roedores bebês, os tecidos eram formados por um estágio anterior dos espermatozoides - conhecido como espermatogônias - que deram origem às células de reprodução adultas depois de dois meses.

Após serem criados, os espermatozoides foram testados em óvulos para os cientistas confirmarem se podiam gerar novos camundongos. A fertilização foi feita "in vitro" por meio de uma técnica que injeta o esperma diretamente no interior do óvulo com uma microagulha de vidro. O resultado foi o nascimento de novos roedores, que depois tiveram filhotes de forma natural.

É a primeira vez que espermatozoides de mamíferos são gerados em laboratório. A criação dessas células masculinas é conhecida como espermatogênese e costuma demorar 64 dias em humanos e 35 em ratos, segundo os pesquisadores. Até a façanha da equipe japonesa, como a espermatogênese é um processo demorado e complexo, os cientistas tinham dificuldade para manter a divisão celular nas placas de vidro.

O grupo de Tanehiko começou a estudar a possibilidade de gerar espermatozoides em laboratório há muitos anos. O objetivo é o de entender melhor como funcionam essas células e, especialmente, como mecanismos nas moléculas dessas estruturas podem levar à infertilidade.

G1
http://www.clickpb.com.br

Vacinação contra a raiva começa em julho

A campanha de vacinação contra a raiva em cães e gatos vai acontecer em duas etapas esse ano, segundo o Ministério da Saúde.

A primeira fase está prevista para começar em julho e vai cobrir oito estados. A segunda etapa começa em setembro, em 17 estados.

Os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina não farão parte da campanha, já que não têm circulação do vírus da raiva.

No ano passado, a campanha foi suspensa em todos país depois de muitos animais apresentarem reações adversas. Foram registradas 637 complicações, das quais 265 foram consideradas casos graves, que resultaram em morte ou anafilaxia dos animais.

De acordo com o ministério, a vacina utilizada na campanha deste ano não será a mesma de 2010, mas será produzida com a mesma tecnologia.

Até 2009, a vacina usada garantia imunidade durante seis a sete meses. Portanto, eram necessárias duas campanhas anuais. No ano passado, começou a ser usado um tipo de vacina que garante imunidade por mais de um ano.

O ministério afirma que as vacinas só serão distribuídas aos estados depois de aprovadas e liberadas pelo Ministério da Agricultura.

http://www.band.com.br

Remédio que promete prolongar a vida de pacientes com câncer de pele é aprovado nos EUA.


O primeiro medicamento indicado para prolongar a vida das pessoas com câncer de pele foi aprovado, nesta sexta-feira (25), pelo FDA (Food and Drug Administration), órgão norte-americano responsável pela introdução e fiscalização de medicamentos.

A droga, chamada Yervoy, desenvolvida pela farmacêutica Bristol-Myers Squibb, e é um novo tipo de droga contra o câncer que funciona de forma que liberta o próprio sistema imunológico para combater um tumor, explica Gerald P. Linette, professor de medicina na Universidade de Washington, que fez testes com a droga.

- Esta é realmente a primeira vez que existe uma droga que prolongou a sobrevivência de pacientes com câncer de pele de maneira significativa.

Em um ensaio clínico dividido em dois grupos, os pacientes com melanoma metastático (câncer de pele), tratados com o Yervoy, viveram uma média de cerca de 10 meses, em comparação com 6,4 meses para os pacientes do grupo de controle, que recebeu outro tratamento.

Após dois anos, mais de 20% daqueles que receberam Yervoy, também conhecido como ipilimumab, estavam vivos, comparados com 13,7% do grupo de controle.

Havia cerca de 68 mi.000 novos casos de melanoma em Estados Unidos no ano passado e 8.700 mortes, de acordo com a American Cancer Society. O número de casos vem aumentando, provavelmente devido à exposição ao sol sem proteção adequada a uma idade mais jovem.

O melanoma aparece precocemente como uma verruga na pele, que pode ser removido cirurgicamente. Mas, uma vez que acontece a metástase, ou disseminação do câncer, o tratamento se torna mais difícil. E e aí que vários medicamentos falharam em testes clínicos. O último medicamento aprovado foi a interleucina-2, em 1998, mas por ser muito tóxico, é pouco utilizado.

No entanto, o Yervoy, é apenas um sinal de progresso para os cientistas envolvidos. Para Tim Turnham, diretor executivo da Fundação de Pesquisa Melanoma, que recebe financiamento das empresas farmacêuticas, não havia esperança de que as duas drogas, que atuam por diferentes mecanismos, podessem ser combinadas. Mas a realidade, agora, pode ser outra.


http://noticias.r7.com

24 de mar. de 2011

População acreana recebe orientação sobre como prevenir e tratar a tuberculose

Tosse, dor no peito, falta de apetite, emagrecimento, cansaço e febre baixa são os sintomas da doença

A tuberculose ataca principalmente o pulmão e é causada pelo Bacilo de Koch. Em 24 de março é realizado o Dia Mundial de Combate à Tuberculose. Para falar sobre a doença, a Secretaria de Estado da Saúde coordena ações contra a tuberculose nos municípios acreanos.

Em Rio Branco, as ações estão sendo desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Saúde e são realizadas por coordenadores das Áreas Técnicas da Tuberculose e Hanseníase, profissionais das unidades de saúde, enfermeiros, agentes comunitários de saúde e acadêmicos do curso de enfermagem da Uninorte.

Para orientar a população sobre como se prevenir e também como tratar a doença, a equipe está realizando, desde o início da semana, atividades de promoção e prevenção a saúde, em diversos locais da cidade: Unidades de Saúde da Família dos bairros Areal, Preventório e Cidade Nova, Sistema Penitenciário de Rio Branco, Detran, Clínica de Recuperação Caminho de Luz, OCA, Gameleira e Calçadão do Novo Mercado Velho.

Durante a programação, haverá orientações sobre as formas de transmissão, os sintomas, o diagnóstico, o tratamento e a cura, busca de sintomático respiratório, exames de PPD (auxilia no diagnóstico para tuberculose), teste rápido de HIV, exames para diagnóstico da hepatite B, teste de glicemia, verificação da pressão arterial, distribuição de material educativo e informativo, além de outros.

Estima-se que a bactéria atinja um terço da população mundial. A doença pode se manifestar em 10% desse total e 95% dos registros ocorre em países do Terceiro Mundo. A cada ano são nove milhões de casos novos. Cada doente infecta, em média, dez indivíduos, e cerca de três milhões de pessoas morrem por tuberculose em todo o mundo.

No Brasil, a previsão é de que 35% da população esteja infectada pelo bacilo. Anualmente, morrem seis mil pessoas de tuberculose, o que equivale a 16 mortes por dia. A desinformação, a pobreza e o aumento da Aids, além do surgimento e avanço de bacilos resistentes, contribuem para a propagação da doença.

O Ministério da Saúde gasta anualmente cerca de R$ 23 milhões nas ações de controle à doença, com medidas como informação, rastreamento de doentes, diagnóstico precoce, acompanhamento clínico e garantia de medicamentos.

No Acre, em 2010, foram notificados 341 casos, dos quais 299 eram de casos novos e três de pacientes com HIV positivo. Os demais casos são de pessoas que retomaram o tratamento após terem abandonado.

De acordo com a gerente do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, Elcenira Farias, o governo do Acre quer reduzir ainda mais o índice de casos da doença no Estado. Assim, prioriza e investe em ações que garantem o controle, a prevenção e o combate à tuberculose. Uma das estratégias é o tratamento supervisionado, por meio das Unidades de Saúde da Família e dos Agentes Comunitários de Saúde.

Segundo Elcenira, aproximadamente 1% dos pacientes com tuberculose no Acre foram a óbito. Já o número de pacientes curados de Baciloscopia Positiva (BK+) é de 82%. O percentual de abandono do tratamento é de 7,4%. Em 2010, na capital acreana, 7% dos pacientes abandonaram o tratamento.

O diagnóstico da doença é fácil e o medicamento é gratuito, porém, o abandono do tratamento é a principal causa de preocupação, uma vez que tem a duração de seis meses, e a suspensão antes do tempo previsto pode fazer com que o paciente adquira tuberculose multirresistente, mais difícil de tratar e que necessita de medicamentos mais caros.

“Nas primeiras semanas da administração da medicação, já é possível sentir uma melhora, por isso alguns pacientes não concluem o tratamento, pois começam a ganhar peso, diminui a tosse e eles param de sentir febre. Tudo isso faz o paciente imaginar que está curado e abandona o tratamento. As pessoas precisam saber que, para garantir 100% da cura, devem tomar a medicação por pelo menos seis meses”, orienta Farias.

A tuberculose

A tuberculose é uma doença transmitida através de gotículas de saliva, portanto, ambientes em que há aglomeração de pessoas, como ônibus e cinemas, são locais em que há maior facilidade de propagação. Os sintomas são tosse que persiste por mais de três semanas, emagrecimento, fraqueza, febre leve no fim do dia, suor enquanto dorme e perda de apetite. Em estágios mais avançados, é possível o portador da doença produzir escarro com sangue.

O diagnóstico da doença é feito através de um exame bacteriológico de escarro, que é realizado pelo SUS. Com ele, pode-se descobrir se há ou não a presença dos bacilos causadores da tuberculose. Se detectada no exame a presença do bacilo da tuberculose, o tratamento deve ter início imediato.

A medicação utilizada para a cura da doença deve ser ministrada por seis meses sem interrupção. São drogas padronizadas, pois são utilizadas em todo o mundo e cedidas pelo Ministério da Saúde, que proíbe sua comercialização. Esses remédios curam 95% dos pacientes.

Os 5% restantes contraíram o bacilo causador da tuberculose de pessoas que interromperam o tratamento. É que a interrupção da ingestão dos medicamentos pode produzir bacilos resistentes à medicação. Os acometidos pela doença que não fazem tratamento emagrecem, escarram sangue, têm o pulmão destruído e, na maioria das vezes, morrem de insuficiência cardíaca e respiratória.

http://www.agencia.ac.gov.br

Brasil está prestes a enfrentar epidemia de dengue 4, dizem especialistas

O ressurgimento do vírus tipo 4 da dengue no país abre precedente para mais uma epidemia da doença no Brasil, segundo os especialistas consultados pelo R7. Em todo o país 34 pessoas já foram infectadas pelo vírus - Amazonas (11 casos), Pará (3), Bahia (2), Piauí (1), Rio de Janeiro (2) e Roraima (15, sendo 11 em 2010 e 4 em 2011), desde o retorno do vírus ao país, em agosto de 2010. Neste ano, 23 casos foram notificados, e, em 2010, 11, em números do Ministério da Saúde.

Esse tipo de vírus não era registrado há 28 anos no país, mas voltou a circular em agosto do ano passado. Isso serviu de alerta para as autoridades de saúde, pois boa parte da população brasileira, pessoas abaixo dos 30 anos, em especial crianças e jovens, não tem imunidade contra esse vírus.

O vírus 4 da dengue atua como os demais em circulação (1,2, 3 ), que apresentam os mesmos sintomas - dores de cabeça, no corpo e articulações, febre, diarreia e vômito – e devem ser tratados da mesma forma - repouso e hidratação.

De acordo com Evaldo Stanislau Affonso de Araújo, infectologista da USP (Universidade de São Paulo), é uma questão de tempo até que essa variação da dengue cause uma epidemia. Para evitar que isso aconteça, ele diz que é necessário realizar medidas que barrem esse vírus nas regiões onde foi detectado.

- Mas acho difícil fazer esse controle. É uma questão de tempo para que esse vírus se espalhe para outras regiões e cause uma epidemia.

O médico explica que, como o vírus ficou tanto tempo sem circular no país, ele encontra por aqui condições que tornam mais fácil sua disseminação.

- O tipo 4 é igual aos outros, mas tem essa vantagem de encontrar a maior parte da população suscetível.

O médico afirma ainda que, apesar de atualmente ter mais facilidade para se espalhar, o tipo 4 da dengue não é mais perigoso que os demais.

Já para o infectologista Gustavo Johanson, da Unifesp, os casos notificados pelo país já indicam uma epidemia. Segundo ele, só pelo fato de ter ressurgido sem expectativa das autoridades de saúde, pode ser encarada como tal.

- O conceito de epidemia não é numérico, significa o aumento do número de casos esperados. A gente pode ter epidemia de um. Um lugar que não tem determinada doença, se aparecer um caso a gente diz que é uma epidemia, obviamente com uma relevância pequena.

Perigo de dengue hemorrágica

Johanson alerta que a maior preocupação acerca do novo vírus é o poder que ele tem de causar o tipo mais grave da dengue.

A infecção pelo vírus 4 em uma pessoa que já foi infectada pela dengue aumenta as chances do doente adquirir a forma hemorrágica da doença, que pode matar. Isso acontece por um efeito do próprio sistema imunológico que não consegue combater o vírus.

- Quando o vírus entra no organismo, ele estimula a imunidade. Mas, mesmo sendo estimulada, a imunidade não consegue proteger o organismo de outro tipo de dengue, cuja imunidade já teve de trabalhar contra. Essa estimulação causa uma reação inflamatória que promove hemorragias e extravasamento de líquido dos vasos sanguíneos, sintomas da dengue hemorrágica.

Outro lado

O Ministério da Saúde não nega as afirmativas, mas se ampara em informações internacionais que, segundo nota passada ao R7, dizem que “o sorotipo DENV-4 não tem tido a capacidade de produzir epidemias explosivas ou com grande número de casos graves, nos países onde ele circula de forma predominante, como a Venezuela e países do Caribe”. No entanto, o Ministério confirma a informação de que há parte da população vulnerável ao vírus.

- Mas é fato que, como o DENV-4 não circulava no Brasil há quase 30 anos, a população do país está vulnerável a ele. Isso porque quem tem dengue cria imunidade apenas para o sorotipo viral que se infectou. Ou seja, quem teve dengue tipo 1 nunca mais será infectado pelo DENV-1. Mas poderá contrair os outros três sorotipos. Somado a isso, o fato de que este sorotipo só circulou no Norte do país e há quase três décadas, aumenta a possibilidade de ele ser detectado em outros estados onde há transmissão de dengue.

Diante dessa realidade, o Ministério afirma que desde julho do ano passado alertaram todas as secretarias municipais e estaduais do país sobre a necessidade de reforçar as ações de vigilância epidemiológica, controle do vetor (mosquito) e assistência adequada aos pacientes.

http://noticias.r7.com

137º Aniversário do Escapista e ilusionista Norte-Americano, Harry Houdini.




Harry Houdini, nome artístico de Ehrich Weiss (Budapeste, 24 de Março de 1874Detroit, 31 de Outubro de 1926), foi um dos mais famosos escapistas e ilusionistas da História.

Sua família emigrou para os Estados Unidos, quando Houdini tinha quatro anos, em 3 de julho de 1878, a bordo do navio SS Fresia. Teve uma infância muito pobre, o que o obrigou a trabalhar desde cedo. Foi perfurador de poços, fotógrafo, contorcionista, trapezista. Foi também ferreiro e nesse ofício ele aprendeu os truques que mais tarde o transformariam no maior mágico ilusionista do mundo.

Certa vez, seu chefe encarregou-lhe de abrir um par de algemas cuja chave um policial perdera. Após inúmeras tentativas usando serras, Houdini teve a idéia de pinçar a fechadura para abri-la. Ele conseguiu e a maneira como o fez serviu de base para abrir todas as algemas que empregava em seus truques.


Houdini e um elefante (1918)

Desde então passou a se apresentar como mágico, fazendo números nos quais se libertava não só de algemas, mas também de correntes e cadeados, dentro de caixas, dentro de tanques fechados; dentro e fora d'água, de todo o jeito. Fez um sucesso enorme e ninguém até hoje conseguiu desvendar seus truques por completo, mesmo depois dele ter escrito boa parte dos segredos em livro.

Houdini tinha habilidades impressionantes. Era capaz, por exemplo, de ficar vários minutos dentro de água sem respirar. E foi numa destas demonstrações de suas habilidades - a "incrível resistência torácica" - que ele morreu. Após apresentar o número para uma platéia de estudantes em Montreal, no Canadá, enquanto ele ainda exibia o "super" tórax, um dos estudantes, boxeador amador, invadiu os bastidores e sem dar tempo para que Houdini preparasse os músculos, golpeou-lhe o abdômen com dois socos. Os violentos golpes romperam-lhe o apêndice, e quase uma semana depois ele morreu, num hospital de Detroit. Era o fim de Harry Houdini, considerado até hoje o maior mágico que já existiu.

Houdini também atuou como um desenganador, ou seja, desmascarando pessoas que alegavam possuir poderes sobrenaturais tais como médiuns.

http://pt.wikipedia.org

17 de mar. de 2011

Os Ingredientes do Seu Corpo

Carbono - 23% - 16 quilos
O que é a vida? O efeito colateral de uma propriedade dos átomos de carbono. Eles se juntam naturalmente em cadeias grandes e complexas. E seu corpo, em última instância, é uma dessas cadeias. Se o DNA fosse uma árvore, o carbono formaria os galhos. E esses galhos somos nozes: os vemos na forma de músculos, pele, cabelos...

Cálcio - 1,4% - 1 quilo
Não é só de dentes e ossos que se faz o cálcio no corpo humano. Ok, 99% é. O minério mais abundante do organismo (e das salas de aula, já que giz é cálcio puro) tem outras funções tão importantes quanto: sem ele, o sangue não coagularia e não conseguiríamos mover os músculos.

Fósforo - 0,83% - 580 gramas
No nosso corpo, o fósforo está longe de causar explosões. O que ele faz é armazenar e transportar energia dentro das células (e entre elas). Mesmo assim, só 20% do fósforo do organismo está nas células e no fluido em que elas boiam. Os outros 80% combinam-se com o cálcio para formar ossos e dentes.

Nitrogênio - 2,6% - 2,22 litros
O nitrogênio se junta com carbono para formar o ácido nucleico, coisa que você conhece como DNA, a supermolécula que organiza todos os ingredientes destas páginas na forma de uma estrutura bem especial, capaz de criar cópias de si mesma, se reproduzir. Em outras palavras, uma estrutura viva.

Água - 55% - 38,5 litros
Sem água não há vida porque é boiando na água que as moléculas do corpo se encontram e reagem quimicamente - a transformação de ar em energia via respiração é uma dessas reações. E claro: os 6 litros de sangue correndo aí para transportar nutrientes são 92% água (quase uma Coca-Cola, que é 95%).

Enxofre - 0,2% - 140 Gramas
O enxofre não deve ser subestimado e reduzido a um gás fedorento - pelo menos não quando está no organismo. Aqui ele não aparece na forma gasosa, mas sempre ligado a outros átomos. E compõe proteínas como a insulina, que transporta a glicose do sangue para servir de combustível às células.

Cloro e sódio - 0,27% - 195 Gramas
Juntos, o cloro e o sódio formam o sal aí da foto. Mas no corpo eles trabalham separados. São como válvulas: não deixam faltar nem sobrar água nos tecidos do organismo. O sódio também é uma das peças envolvidas na contração muscular - para isso ele atua com o elemento aqui embaixo.

Potássio - 0,2% - 140 Gramas
Quando o sistema nervoso envia um sinal para que um músculo seja contraído, começa um movimento dentro das células: o potássio sai e o sódio entra. Essa troca da guarda gera o movimento. Por isso, a deficiência (ou o excesso) de potássio pode causar paralisia.

Metais - 0,009% - 6 Gramas
Ferro, zinco, cobre... Você também é feito de metal. O corpo usa 7 deles para funcionar. Ferro é o mais abundante (4,2 g): ele se junta com proteínas para formar nossos glóbulos vermelhos, os veículos que transportam oxigênio pelo corpo. O zinco, 2º mais presente (2 g), entra na receita dos glóbulos brancos, os soldados do sistema imunológico.


*Esse é o peso que o carbono representa em um adulto de 70 quilos. O mesmo vale para as quantidades dos outros elementos.

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por Infográfico Alexandre Versignassi, Renata Steffen e Juliana Araújo

O que faz a voz ser grossa ou fina?

A diferença entre os graves de Barry White e os agudos de Michael Jackson é a mesma que há entre um violoncelo e um cavaquinho: comprimento e espessura das cordas. Nossas cordas vocais (o termo técnico é "pregas vocais") são maiores em homens adultos do que nas mulheres adultas e crianças, o que explica a voz grossa deles e fina delas.

Além da anatomia, há fatores externos que influem seu gogó. Quando as oscilações acústicas da puberdade já são coisa do passado, rapazes ainda afinam a voz ao abordar uma garota. Por quê? "Nervosismo. Em estado de excitação, a prega vocal estica e a fala afina", diz Mara Behlau, presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. Já álcool e cigarro deixam as cordas frouxas e a fala grave.

Vale lembrar que a voz é um instrumento: há limites, mas com treino (ou hábito) ela pode ser afinada para soar um pouco mais grossa ou fina.



Ilustração: Luciano Veronezi

Fontes Mara Behlau, presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia e diretora do Centro de Estudos da Voz, em São Paulo; Dr. Kevin Kavanagh, responsável pelo site Ear, Nose and Throat USA (www.entusa.com).
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por Ricardo Torres

Como seria o mundo se não precisássemos dormir?

Hoje uma noite em claro é suficiente para causar um estrago no corpo. Dependemos do sono para guardar energia, curar o cansaço, manter a capacidade de atenção e compreensão. Mas não é assim com todas as espécies. Embora não se conheça uma que fique 100% acordada o tempo todo, algumas nunca apagam completamente. Lagartos não têm sono profundo, só dão uma relaxada. Golfinhos mantêm um hemisfério do cérebro ligado para perceber a presença de predadores e subir à superfície para respirar. Outros mamíferos de grande porte dormem sempre com um olho aberto. Se tivéssemos evoluído para não depender do sono, não gastaríamos um terço da vida reabastecendo o corpo. Isso significa aproximadamente 214 mil horas a mais para gastar por aí, considerando a expectativa de vida do brasileiro.

Só que o mundo sofreria alguns ajustes. Precisaríamos de mais luz para aproveitar as noites. No Brasil, o aumento do consumo de energia nas casas poderia chegar a 22% - ou 75 mil megawatts -, se considerarmos que as madrugadas seriam como nossas noites de domingo. Precisaríamos de mais quase 7 usinas de Itaipu pra dar conta do recado. Ah, uma notícia ruim: trabalharíamos mais. Ou você pensou que as noites seriam só de curtição? Mas não faltariam compensações: poderíamos comer mais sem culpa e viajar por aí com menos dinheiro e burocracia.


Acordados para a vida
Tempo de mais, comida de mais, privacidade de menos

Jornada de 12 horas
Metade do tempo em que estamos acordados é dedicada à labuta, e isso também aconteceria se não dormíssemos. Você trabalharia 50% mais. Já tivemos jornadas de 12 horas no passado, como durante a Revolução Industrial. Naquela época, o trabalho longo aumentou a produtividade e acelerou o desenvolvimento. Seria o mesmo se não dormíssemos.

Check-in no boteco
Viajar ficaria muito mais fácil. Não precisaríamos reservar quartos, bastaria achar um estabelecimento para deixar as malas e tomar um banho. Qualquer lugar poderia ter um espaço assim: cafés, botecos, museus. Os mais espertos contariam até com mimos como uma piscininha para os clientes.

Amor público
Ninguém mais teria quarto para dormir, muito menos cama. Isso não significa apenas que as casas seriam menores. O conceito de privacidade como conhecemos hoje acabaria. Sem a alcova, nudez e sexo não seriam tabu, o que já acontece entre índios e esquimós. Nosso modo de vida seria mais aberto e amigável.

Vivos de sono
O acidente da usina nuclear de Chernobyl e o vazamento de óleo da Exxon Valdez poderiam nunca ter ocorrido: ambos aconteceram no turno da noite, e alguns estudos ligam as catástrofes ao cansaço de funcionários. E o número de mortos nas estradas cairia. No Brasil há 3 mil acidentes por ano por causa de motoristas que dormem ao volante.

A conta e um chazinho
Ninguém precisaria espantar o sono no expediente ou numa madrugada de trabalho. O consumo de café cairia pelo menos 10% (equivalente ao número de pessoas que hoje bebem café pra ficar acordadas, segundo pesquisa feita nos EUA). O chá seria popular, para ajudar a relaxar.

Come e (não) dorme
Enquanto dormimos, o corpo funciona em um "modo econômico": exige 50% menos calorias. Sem o sono, gastaríamos mais energia - e precisaríamos de mais comida para repor o estoque. Seriam cerca de 530 calorias a mais por dia (um pouco mais do que um Big Mac) para um adulto de 70 quilos.

Fontes Ioná Zalcman Zimberg, pesquisadora do departamento de psicobiologia da Unifesp; Monica Andersen, pesquisadora do Instituto do Sono; Murilo Dáttilo, nutricionista da Unifesp; National Coffee Association - EUA; Operador Nacional do Sistema Elétrico; Polícia Rodoviária Federal; História do Pensamendo Econômico, E.K. Hunt.
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por Fernando Brito

Suape Ganha 3º Estaleiro.

Pernambuco acaba de confirmar a vinda de mais um estaleiro para o Complexo Industrial Portuário de Suape - o terceiro, depois do Atlântico Sul e do Promar. O empreendimento é capitaneado pelo consórcio Galíctio, formado pelas empresas espanholas Indasa, Tecnyno, Electro Rayma e Gabadi. O investimento é de US$ 440 milhões (cerca de R$ 737 milhões, pelo câmbio de ontem), com previsão de gerar 500 empregos durante a construção e 4.000 na operação.

O Galíctio vai atuar no segmento de construção e de reparo de embarcações, atendendo a uma demanda da Petrobras Transporte (Transpetro). Atualmente, a estatal realiza o conserto de seus navios em Cingapura e na Coreia do Sul, ´exportando` empregos, porque não há um estaleiro deste tipo e porte funcionando no país. A área separada para o empreendimento é de 40 hectares, por trás do local onde já funciona o Atlântico Sul, na Ilha de Tatuoca.

´Nossa empresa procurou se expandir para fora da Europa e Pernambuco foi o lugar ideal para fazermos isso`, disse ontem no Recifeo presidente do consórcio, Isidro Silveira Rey, ao participar da cerimônia de assinatura de um protocolo de intenções no Palácio do Campo das Princesas.

Juntamente com o protocolo do estaleiro foram assinados três outros documentos para implantação de novas indústrias no estado. Juntos, os quatro empreendimentos somam investimentos de R$ 836 milhões com previsão de gerar mais de 5 mil empregos. O governador Eduardo Campos comemorou.

´É muito bom você fechar uma semana assinando quatro protocolos como esses, de grandes empreendimentos que se referem a quatro importantes iniciativas que chegam a Pernambuco`, discursou o governador, lembrando que o estado vive um momento ´extremamente animado` de sua economia.

Depois do estaleiro, o segundo maior investimento anunciado ontem foi a Companhia Brasileira de Vidros Automotivos (CBVA), do Grupo Cornélio Brennand. Será instalado em Goiana, na mesma região onde será implantada a Companhia Brasileira de Vidros Planos (CBVP), numa área de 50 hectares. A nova indústria terá capacidade produtiva de 25 mil toneladas/ano e deverá se tornar fornecedora da fábrica da Fiat.

´Acreditamos que a região (Suape) será um importante polo automotivo, a prova disso está na instalação da montadora Fiat, o que reforça o grande potencial existente nessa região`, afirma o diretor executivo Paulo Drummond. . O faturamento estimado é de R$ 80 milhões/ano.

A CBVA é a primeira empresa que chega ao estado atraída pela fábrica da Fiat em Suape, âncora do mais novo polo automobilístico do país. A Moura, fabricante de baterias com sede em Belo Jardim, anunciou que negocia com a Fiat a instalação de uma unidade para fornecimento de novos produtos. O investimento estimado é de R$ 500 milhões. (M.B.).

http://www.diariodepernambuco.com.br

15 de mar. de 2011

Parentes de mortos ainda aguardam liberação de corpos no IML- PE

A tarde desta terça-feira (15) foi de angústia para dezenas de pessoas que esperavam a liberação dos corpos dos parentes no Instituto de Medicina Legal (IML). Como os médicos legistas estão trabalhando em operação-padrão, ou seja, em ritmo mais lento para protestar às más condições de trabalho no IML, apenas dez corpos foram liberados ao longo do dia. Outros 29 corpos ainda aguardam a liberação, situação que pode ser agravada com a chegada dos corpos durante a noite e a madrugada.

Um caminhão frigorífico chegou ao IML no final da tarde. De acordo com o presidente da Associação Pernambucana de Medicina e Odontologia Penal (Apemol), Carlos Medeiros, o veículo será usado para acomodar os corpos não necropsiados.

Ele também informou que a operação-padrão — iniciada na semana passada e que consiste em exames mais detalhados e que demoram mais tempo para ser feitos, provocando o acúmulo de corpos — vai continuar.

A Promotoria de Saúde do Ministério Público de Pernambuco vai encaminhar à Secretaria de Defesa Social um ofício para que, no prazo de cinco dias, medidas emergenciais sejam colocadas em prática no IML.

ENTENDA O CASO
No setor de necropsia do IML, são feitos exames para descobrir as causas da morte de vítimas de crimes, acidentes ou de quem foi encontrado morto sem sinais de violência. Desde a última segunda-feira (14), o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) decidiu que os médicos legistas não devem mais fazer as necrópsias e liberar os corpos com "causa da morte indeterminada", devido às más condições de trabalho no IML.

Imagens feitas por um cinegrafista amador mostram alguns azulejos arrancados e o piso estragado no IML. De acordo com os médicos legistas, o equipamento de raio-x quebrou e por isso a sala está fechada. Eles disseram ainda que falta bisturi para fazer as necrópsias e que estão usando equipamentos inadequados. Outra dificuldade apontada por eles é que não existe a maca de rodas para levar os corpos até a mesa de exames. Os médicos denunciam também que o prédio não tem sistema de refrigeração e de exaustão de odores, o que torna o ambiente insuportável.

O secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, afirmou que as denúncias contra o IML não são completamente verdadeiras. "Essas denúncias são improcedentes. O raio-X funciona, existem macas e tem material de trabalho. Essas imagens foram feitas no fim de expediente, no momento em que as perícias terminaram e que o local precisa de uma assepsia", disse.

Em relação as imagens que mostram corpos no chão, o secretário garantiu que o problema será investigado. "Nós temos os locais para armazenamento adequado. Temos as gavetas e as geladeiras. Esse problema será investigado pela própria SDS, através de sua Corregedoria", garantiu.

Damásio informou ainda que serão investidos R$ 2 milhões na reforma do IML e que as obras serão iniciadas dentro de 90 dias. Ele ainda se comprometeu em visitar a sede do Instituto, quando o serviço no local for normalizado.

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O que é um tsunami? Um deles pode atingir o Brasil?

É possível definir um tsunami de maneira simples, como sendo um terremoto entre as placas tectônicas sobre as quais está o oceano. Esse tremor de terras no solo do mar provoca uma agitação imensa das águas, resultando em ondas que chegam de maneira violenta e desordenada ao litoral. As consequências são terríveis, como foi possível observar na Ásia em 2004, com cerca de 200 mil mortos e desaparecidos, e agora, na Oceania, com pelo menos uma centena de mortos e um número indeterminado de desaparecidos.

No Brasil, as chances de um tsunami são praticamente inexistentes, conforme explica Wilson Teixeira, professor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP). "O país fica no interior de uma placa tectônica bem antiga. Todos os registros de tremor ou movimento das bordas das placas que chegam ao nosso continente são muito fracos, o que elimina o risco. E, além disso, o oceano Atlântico não tem registros de terremotos da mesma magnitude que o Índico", afirma o geólogo, que foi o responsável pela criação de um ambiente simulador de tsunami no museu Estação Ciência de São Paulo.

Além disso, o professor explica que as placas que recobrem o planeta se movem em velocidades diferentes e aquela sobre a qual o Brasil está se move com uma velocidade muito menor do que as da Ásia e da Oceania. "Por ano, as placas do oceano Atlântico sofrem uma separação de 2 centímetros, enquanto naquelas regiões são 8 centímetros. Por isso, não há chance de eventos agressivos aqui”, diz.

Na época da tragédia na Ásia, em 2004, especulou-se que o oceano Atlântico também tenha sofrido reflexos da movimentação das águas no Índico. “Houve muita discussão a esse respeito, porque alguns dias depois foi medida uma movimentação estranha de ondas do nosso litoral. No entanto, jamais se chegou a uma conclusão se isso seria uma resposta muito distante do que aconteceu lá ou somente picos anômalos de maré no Atlântico”, explica o professor.

Outra especulação é se um evento vulcânico nas Ilhas Canárias espanholas poderia causar um tsunami. “É uma hipótese meramente teórica que não se confirma”, declara o especialista.

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por Renata Costa

Metade da População Brasileira Tem HPV


Metade dos homens que participaram de uma pesquisa internacional estava infectada com o papilomavírus humano (HPV), responsável por causar o câncer cervical – o segundo tipo mais frequente entre as mulheres. O estudo, que foi publicado no periódico científico The Lancet, analisou 1.159 voluntários de três países: Estados Unidos, Brasil e México. O resultado da pesquisa serviu como alerta, já que os índices de contaminação foram superiores aos 20% apresentados pelas mulheres.

Em homens e mulheres, o HPV pode causar câncer, embora, nas mulheres, a evolução para displasias - quadro prévio ao tumor - seja mais comum. O contágio ocorre principalmente por via sexual, mas, ao contrário do HIV, causador da aids, o uso de preservativo não é tão eficaz. As infecções pelo HPV podem causar ainda cânceres no pênis, no ânus, na cabeça e no pescoço.

De acordo com os pesquisadores, cerca de 6% dos homens são infectados todos os anos pelo HPV-16, uma cepa do vírus responsável por causar câncer cervical nas mulheres e outros tipos nos homens. Para Anna Giuliano, uma das responsáveis pelo estudo, a infecção no homem tem ainda um agravante: eles não conseguem eliminar as infecções com o passar dos anos, o que pode acontecer naturalmente entre as mulheres.

Número de parceiros - "Descobrimos uma forte correlação entre a incidência da doença e o número de parceiros", diz Luisa Villa, coautora do artigo e pesquisadora do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer, no Brasil. Homens que tiveram mais de 50 parceiras apresentaram uma chance 2,4 vezes maior de contrair a doença quando comparados àqueles com uma ou nenhuma parceira sexual. Homens que realizaram sexo anal com outros homens mais de três vezes também apresentaram uma incidência da doença 2,6 vezes maior quando comparados a outros sem parceiros recentes.

(Com Agência Estado)

Capa em glóbulos vermelhos pode criar sangue universal

Cientistas anunciaram um passo importante rumo à transfusão de sangue universal. Pesquisadores da Universidade de McGill (Canadá) desenvolveram uma forma de envolver células sanguíneas em cápsulas feitas de polímero. A cobertura serve como disfarce, fazendo com que a célula fique invisível ao sistema imunológico do paciente. O estudo foi publicado no periódico americano Biomacromolecules.

O tipo errado de sangue em uma transfusão pode desencadear graves reações e levar até à morte. É por isso que os cientistas há muito tempo tentam desenvolver uma célula sanguínea que sirva para qualquer pessoa. Para chegar ao "sangue universal", os cientistas desenvolveram uma casca de polímero que envolve as células vivas. Mesmo cobertas, o oxigênio consegue atravessar a superfície do polímero. Com isto, sua principal função é mantida: oxigenar os órgãos do corpo.

Para realizar uma transfusão é preciso que o sangue do doador seja compatível com o de quem vai recebê-lo. Existem oito tipos comuns de sangue baseados em quatro grandes grupos — A, B, AB e O. Cada tipo de sangue determina os antígenos encontrados na superfície das células sanguíneas. O tipo A possui apenas o antígeno A, o tipo B têm o antígeno B e assim por diante. As pessoas do tipo O são consideradas doadoras universais porque esse tipo de sangue não possui nem o antígeno A nem o B. Os antígenos provocam a ação dos anticorpos que, na presença de um tipo de sangue diferente, atacam os glóbulos vermelhos, podendo causar a morte da pessoa que recebeu o sangue.

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Novo Teste Pré- Natal para Sindrome de Down

Na semana passada falei dos novos testes que laboratórios britânicos prometem lançar em breve para casais que pretendem ter filhos. Esses testes lhes permitirão saber de antemão se têm um risco aumentado para cerca de 600 doenças genéticas e prevenir o nascimento de crianças afetadas por doenças graves. Mas esses exames não poderão prever se o casal tem risco de vir a ter uma criança com uma alteração cromossômica porque a grande maioria dos casos surgem por mutação nova e não são herdados.

Temos 46 cromossomos
Todos nós temos 46 cromossomos ou 23 pares: 23 herdados da mãe e 23 de origem paterna. Desses, 22 são iguais no homem e na mulher (os autossomos) e o 23º par é o que vai determinar o nosso sexo: XX para o sexo feminino e XY para o sexo masculino. A mãe transmite sempre o cromossomo X para seus descendentes e portanto quem vai determinar o sexo é o cromossomo que vem do pai. Se o espermatozoide que ganhou a corrida tiver um X, será mulher. Se for Y, será homem. Nesses 46 cromossomos estão os 20 mil e poucos genes que vão determinar nossas características hereditárias.

Alterações nos números de cromossomos geralmente são letais
Um embrião com alterações no número ou na estrutura dos cromossomos dificilmente sobrevive. De fato cerca de 50% dos embriões abortados espontaneamente no primeiro trimestre da gestação têm alterações cromossômicas. Isso quando conseguem viver algumas semanas porque muitas vezes a sobrevida é tão curta que a mulher nem se dá conta de que ficou grávida. Mas existem exceções: dentre os 23 pares de cromossomos, três permitem que uma gestação vá a termo mesmo quando estão em dose tripla – denominada trissomia. São os cromossomos 13, 18 e 21. O bebê então nascerá com 47 cromossomos. Trissomias dos cromossomos 13 e 18 são responsáveis por síndromes graves letais geralmente na primeira infância. Mas a trissomia do cromossomo 21, responsável pela síndrome de Down, é compatível com uma sobrevida longa.

A síndrome de Down
A síndrome de Down, causada pela trissomia do cromossomo 21, tem uma incidência de cerca de 1 em 600 na população jovem mas o risco aumenta com a idade materna, podendo ser de 1 a 4% em mulheres de mais de 40 anos. Por isso mulheres que engravidam nessa faixa etária recorrem frequentemente ao diagnóstico pré-natal (DPN) para saber se seu feto tem uma alteração cromossômica, não só do cromossomo 21 mas de outros também. O exame é feito comumente em amostra de vilosidades coriônicas (ou anexos embrionários retirados via vaginal) – que têm a mesma constituição do feto – entre 10 e 12 semanas de gestação. Embora o risco de aborto seja pequeno ele existe e o DPN não deixa de ser um exame invasivo.

Novo exame poderá ser feito no sangue materno
Um grupo de cientistas da Universidade de Chipre acaba de publicar um trabalho mostrando 100% de acerto no diagnóstico de síndrome de Down em amostra do sangue materno. O exame foi feito entre 11 e 14 semanas de gestação. Os pesquisadores receberam 40 amostras em teste cego: 26 eram de fetos normais e 14 de fetos com trissomia do 21. Acertaram em todos os casos. A técnica baseia-se no fato de que nos fetos algumas regiões cromossômicas estão silenciadas, isto é, os genes daquela região não se expressam. Os pesquisadores conseguiram identificar quais eram essas regiões no cromossomo 21 e isso lhes permitiu descobrir, se estavam em quantidade normal ou em excesso no sangue da gestante. Se estivesse em excesso, significaria que havia um cromossomo a mais e portanto que o feto tinha síndrome de Down.

É só um começo
A técnica precisa ser validada em outras amostras, mas ela parece promissora Segundo os autores , essa mesmo estratégia poderá ser usada para descobrir se o feto tem outras alterações cromossômicas sem que se tenha de recorrer a um exame invasivo que é cada vez mais comum em mulheres de mais de 40 anos. Embora a síndrome de Down seja compatível com a vida e com uma inserção social cada vez maior, o mesmo não se pode dizer de outras alterações cromossômicas. Portanto, poder garantir com uma simples coleta de sangue que o feto não possui uma alteração cromossômica trará certamente um grande alívio para inúmeras gestantes.

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Por Mayana Zatz

Evolução humana - Perda de genes explica cérebro maior e pênis sem espinhos

A falta de dois genes pode ter levado ao crescimento do cérebro e à ausência de espinhos no pênis humano. As duas características estão ligadas a um grupo de 510 genes encontrados por um grupo de pesquisadores da Universidade de Stanford (EUA). O estudo foi publicado nesta quinta-feira no periódico americano Nature.

Os pesquisadores compararam o genoma do homem com o do chimpanzé — a espécie mais aparentada com o homem — e outros mamíferos. O objetivo era descobrir a diferença genética entre os humanos e os outros animais. A equipe do biólogo David Kingsley, um dos autores do estudo, descobriu 510 genes que existem em outros animais, incluindo o chimpanzé, mas não nos seres humanos. Dos 510, apenas um dos genes encontrados é responsável pela codificação de uma proteína. O restante são os chamados genes reguladores, que ativam ou desativam os genes codificadores.

Um dos 509 genes reguladores, um deles é responsável pelo controle do crescimento de células do cérebro. Nos humanos, falta a parte do DNA que suprime o crescimento das células. Nos outros animais, a parte reguladora existe. Os cientistas acreditam que a perda desse gene nos humanos favoreceu o crescimento do cérebro.

Outro gene regulador encontrado pelos cientistas é o que controla a formação de receptores de andrógeno, um hormônio masculino responsável pelo desenvolvimento de, entre outras coisas, espinhos nos pênis de primatas, roedores e até abelhas. O genoma humano não possui o ativador molecular necessário para a formação do espinho peniano. Os pesquisadores associam a perda dos espinhos à estratégia reprodutiva da monogamia. Nas espécies com espinhos penianos, diz Kingsley, as fêmeas costumam a copular com vários machos.

Os pesquisadores ainda irão investigar os 508 genes restantes. "Acreditamos que essas 510 diferenças encontradas são importantes, mas elas não são as únicas que fizeram os humanos serem o que são hoje".

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5 de mar. de 2011

Frevo I

O frevo é um ritmo musical e uma dança brasileiros com origens no estado de Pernambuco, misturando marcha, maxixe e elementos da capoeira.

Ritmo

Surgido na cidade do Recife no fim do século XIX, o frevo caracteriza-se pelo ritmo extremamente acelerado. Muito executado durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevo, em que capoeiristas saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte.

Pode-se afirmar que o frevo é uma criação de compositores de música ligeira, feita para o carnaval. Os músicos pensavam em dar ao povo mais animação nos folguedos. No decorrer do tempo, a música ganhou características próprias acompanhadas por um bailado inconfundível de passos soltos e acrobáticos.

Ritmo

Surgido na cidade do Recife no fim do século XIX, o frevo caracteriza-se pelo ritmo extremamente acelerado. Muito executado durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevo, em que capoeiristas saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte.

Pode-se afirmar que o frevo é uma criação de compositores de música ligeira, feita para o carnaval. Os músicos pensavam em dar ao povo mais animação nos folguedos. No decorrer do tempo, a música ganhou características próprias acompanhadas por um bailado inconfundível de passos soltos e acrobáticos.

Origem da palavra


Detalhe da página do Jornal Pequeno de 9 de fevereiro de 1907, onde é citada a palavra frevo.

A palavra frevo vem de ferver, por corruptela, frever, que passou a designar: efervescência, agitação, confusão, rebuliço; apertão nas reuniões de grande massa popular no seu vai-e-vem em direções opostas, como o Carnaval, de acordo com o Vocabulário Pernambucano, de Pereira da Costa.

Divulgando o que a boca anônima do povo já espalhava, o Jornal Pequeno, vespertino do Recife que mantinha uma detalhada seção carnavalesca da época, assinada pelo jornalista "Oswaldo Oliveira", na edição de 9 de fevereiro de 1907, fez a primeira referência ao ritmo, na reportagem sobre o ensaio do clube Empalhadores do Feitosa, do bairro do Hipódromo, que apresentava, entre outras músicas, uma denominada O frevo. E, em reconhecimento à importância do ritmo e a sua data de origem, em 9 de fevereiro de 2007, a Prefeitura do Recife comemorou os cem anos do Frevo durante o carnaval.

Instrumento e letra

De instrumental, o gênero ganhou letra no frevo-canção e saiu do âmbito pernambucano para tomar o resto do Brasil. Basta dizer que O teu cabelo não nega, de 1932, considerada a composição que fixou o estilo da marchinha carnavalesca carioca, é uma adaptação do compositor Lamartine Babo do frevo Mulata, dos pernambucanos Irmãos Valença.

A primeira gravação com o nome do gênero foi o Frevo Pernambucano (Luperce Miranda/Oswaldo Santiago) lançada por Francisco Alves no final de 1930. Um ano depois, Vamo se Acabá, de Nelson Ferreira pela Orquestra Guanabara recebia a classificação de frevo.

Dois anos antes, ainda com o codinome de "marcha nortista", saía do forno o pioneiro Não Puxa Maroca (Nelson Ferreira) pela orquestra Victor Brasileira comandada por Pixinguinha.

Ases da era de ouro do rádio como Almirante (numa adaptação do clássico Vassourinhas), Mário Reis (É de Amargar, de Capiba), Carlos Galhardo (Morena da Sapucaia, O Teu Lencinho, Vamos Cair no Frevo), Linda Batista (Criado com Vó), Nelson Gonçalves (Quando é Noite de Lua), Cyro Monteiro (Linda Flor da Madrugada), Dircinha Batista (Não é Vantagem), Gilberto Alves (Não Sou Eu Que Caio Lá, Não Faltava Mais Nada, Feitiço), Carmélia Alves (É de Maroca) incorporaram frevos a seus repertórios.

Em 1950, inspirados na energia do frevo pernambucano, a bordo de uma pequena fubica, dedilhando um cepo de madeira eletrificado, os músicos Dodô & Osmar fincavam as bases do trio elétrico baiano que se tornaria conhecido em todo o país a partir de 1969, quando Caetano Veloso documentou o fenômeno em seu Atrás do Trio Elétrico.

O frevo no carnaval


Blocos de rua brincam nas ladeiras de Olinda.

Em 1957, o frevo Evocação nº 1, de Nelson Ferreira, gravado pelo bloco Batutas de São José (o chamado frevo de bloco) invadiria o carnaval carioca derrotando a marchinha e o samba. O lançamento era da gravadora local, Mocambo, que se destacaria no registro de inúmeros frevos e em especial a obra de seus dois maiores compositores, Nelson (Heráclito Alves) Ferreira (1902-1976) e Capiba. Além de prosseguir até o número 7 da série Evocação, Nelson Ferreira teve êxitos como o frevo Veneza Brasileira, gravado pela sambista Aracy de Almeida e outros como No Passo, Carnaval da Vitória, Dedé, O Dia Vem Raiando, Borboleta Não É Ave, Frevo da Saudade. A exemplo de Nelson, Capiba também teve sucessos em outros estilos como a clássica valsa canção Maria Bethânia gravada por Nelson Gonçalves em 1943, que inspiraria o nome da cantora. Depois do referido É de Amargar, de 1934, primeiro lugar no concurso do Diario de Pernambuco, Capiba emplacou Manda Embora Essa Tristeza (Aracy de Almeida, 1936), e vários outros frevos que seriam regravados pelas gerações seguintes como De Chapéu de Sol Aberto, Tenho uma Coisa pra lhe Dizer, Quem Vai pro Farol é o Bonde de Olinda, Linda Flor da Madrugada, A pisada é essa, Gosto de Te Ver Cantando.

Cantores como Claudionor Germano e Expedito Baracho se transformariam em especialistas no ramo. Um dos principais autores do samba-canção de fossa, Antônio Maria (Araújo de Morais, 1921-1964) não negou suas origens pernambucanas na série de frevos (do número 1 ao 3) que dedicou ao Recife natal. O gênero esfuziante sensibilizou mesmo a intimista bossa nova. De Tom Jobim e Vinicius de Moraes (Frevo) a Marcos e Paulo Sérgio Valle (Pelas Ruas do Recife) e Edu Lobo (No Cordão da Saideira) todos investiram no (com)passo acelerado que também contagiou Gilberto Gil a munir de guitarras seu Frevo Rasgado em plena erupção tropicalista.

A baiana Gal Costa misturou frevo, dobrado e tintura funk (do arranjador Lincoln Olivetti) num de seus maiores sucessos, Festa do Interior (Moraes Moreira/Abel Silva) e a safra nordestina posterior não deixou a sombrinha cair. O pernambucano Carlos Fernando, autor do explosivo Banho de Cheiro, sucesso da paraibana Elba Ramalho, organizou uma série de discos intitulada Asas da América a partir do começo dos 1980.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Frevo