28 de mai. de 2010

DNA faz a mulher viver mais do que o homem



As mulheres vivem mais do que os homens. No mundo, em média 4 anos e 8 meses a mais. E, no Brasil, a diferença é ainda maior - 7 anos a favor das mulheres. Os cientistas sempre recorreram a explicações comportamentais: os homens bebem e fumam mais, vão menos ao médico, sofrem mais homicídio etc. É verdade. Mas o fator determinante pode ser outro: o DNA. Usando técnicas de manipulação genética, cientistas de duas universidades japonesas criaram ratos bimaternais, ou seja, que tinham duas mães e nenhum DNA masculino. Incrivelmente, esses animais tiveram a longevidade estendida em 30%: viveram em média 186 dias a mais do que os ratos normais. "Nós achamos que isso se deva à supressão de um gene chamado Rasgrf1, que os animais normalmente herdam do pai", afirma o biólogo Tomohiro Kono, da Universidade de Agricultura de Tóquio. Kono e sua equipe são líderes mundiais nas pesquisas sobre DNA dos sexos: foram eles que criaram, em 2004, a técnica que permite gerar descendentes entre duas fêmeas de rato, sem a necessidade de um macho. "Os resultados sugerem que o esperma tem um efeito negativo na longevidade de mamíferos", conclui o novo estudo, que foi publicado no jornal científico Human Reproduction (principal publicação especializada no assunto). A influência do DNA nas diferenças de longevidade entre os sexos também poderia ajudar a explicar outro fato: entre as pessoas que conseguem ultrapassar a barreira de 110 anos de idade, 96% são mulheres.

17 de mai. de 2010

Comportamento - O problema do elogio

A Super em sua edição de abril/2010 troxe uma excelente materia sobre os problemas causados pelos Elogios coloquei uma parte de material e o link pra voce verem na integra muito interessante.

Você deve ser muito inteligente. Afinal, está lendo a SUPER. Passou por reportagens sobre assuntos complexos, que exploram a ciência, a economia, a geologia e até a insetologia. Estamos orgulhosos. Assim você vai longe! Em breve estará entre os maiores pensadores brasileiros. Rumo ao Nobel, hein?

Ah, não diga que agora está se sentindo pressionado. A gente não queria causar isso. Aliás, ninguém quer gerar esse efeito quando parabeniza outra pessoa. Mas às vezes o tiro sai pela culatra. E o elogio causa um mal danado.

Na verdade, o elogio em si não tem nada de errado. A gente é que não aprendeu a usá-lo do jeito certo. E a lambança é generalizada: disparamos elogios em casa, na escola e no trabalho sem pensar nas consequências. Os resultados de tanto paparico podem ser catastróficos. A curto prazo, o coitado que foi enaltecido pode ficar desconfortável, inseguro, ansioso. A longo prazo, esse gênio em potencial corre o risco de virar um arruinado na vida.

Em alguns casos, o estrago começa já na infância. Se for reconhecida como inteligente, uma criança pode sentir pressão demais sobre os ombrinhos para corresponder às expectativas. Isso às vezes é bom, porque incentiva a criança a estudar para conseguir boas notas. Mas também pode ser ruim, muito ruim - por estimular a criança a usar truques para se destacar. Como fizeram alguns dos 400 alunos de uma escola de Nova York pesquisados pela psicóloga americana Carol Dweck, da Universidade Stanford.

http://super.abril.com.br/ciencia/problema-elogio-552526.shtml

Chimpanzés usam brinquedinhos para melhorar vida sexual


Uma pesquisa recente encontrou mais uma simalaridade entre os chimpanzés e nós: eles usam objetos para melhorar a vida sexual.

Mas a macacada tem uma vantagem em relação aos humanos. Para eles, nada de gastar dinheiro em no sex shops: os brinquedinhos deles estão, por aí, em árvores, segundo pesquisas. Cientistas registraram que uma colônia de chimpanzés da Tanzânia utiliza folhas secas em seus rituais de acasalamento.

Os machos amassam as folhas secas para produzir um som estridente, que sinaliza sua prontidão sexual. É como se fosse uma música convidativa para transar. Enquanto rasga as folhas pouco a pouco, o macho procura mostrar à fêmea sua ereção.

Pode parecer um dispositivo bastante rudimentar em comparação aos brinquedinhos usados pelos humanos, mas a ferramenta tem o mesmo objetivo: o sexo.

11 de mai. de 2010

VALE DO CATIMBAU - PERNAMBUCO

O Vale do Catimbau, a 285 Km do Recife fica situado entre o Agreste e o Sertão de Pernambuco abrangendo terras do município de Buíque e estendendo-se por áreas semi-áridas de Tupanatinga, Inajá e Ibimirim, já em plena Microrregião do Sertão do Moxotó. Integra geologicamente os patamares mais antigos da Bacia Sedimentar do Jatobá, que está situada na porção centro-sul de Pernambuco, limitados pelas maiores altitudes da Formação Tacaratu, sedimentação paleozóica sobre relevos residuais do complexo cristalino granítico-gnáissico. Constitui o divisor de águas entre as bacias hidrográficas do Moxotó e do Ipanema. Pelos aspectos topográficos do seu quadro natural e pelas origens da ocupação espacial, transformou-se em importante potencial turístico. Formado por elevações montanhosas de topo suave, encostas abruptas e vales abertos, distribuídos em aproximadamente 90.000 ha, o Catimbau impressiona pela sua grandiosidade, primitivismo e pelos aspectos de sua morfologia, trabalhados pela ação intempérica do clima favorecendo acentuada erosão nas encostas da chapada arenítica, possilitando a ocorrência de verdadeiras obras de arte esculpidas pelo vento. Sítios arqueológicos, cemitérios indígenas, fontes de água, ao lado da reserva indígena Kapinawa, Em seu eixo principal orientado no sentido norte/sul, a Serra do Catimbau, um grande maciço sedimentar, em suas diversas encostas toma diferentes denominações: a Serra de Jerusalém, na porção oeste, em cujo topo descortina-se uma paisagem dominada pela Serra Grande onde fica o Morro do Elefante, a Serra das Torres e Morro do Cachorro, formaçãoes areníticas intensamente trabalhadas pelo vento. Integra esse conjunto o chamado Recanto Selvagem, local onde são encontradas fontes naturais, cavernas e formações sedimentares exóticas. Em sua face leste, aparecem a Serra do Pico, Serra da Jibóia e do Cobaça. A vegetação que lhe circunda reflete a influência climática e edáfica. Como as encostas da Serra de Jerusalém, do Coqueiro e de Buique, encontram-se estruturalmente dispostas em sentido perpendicular aos ventos úmidos. Trata-se, portanto, de uma área de grande potencial turístico que necessita ser corretamente explorado, objetivando o estabelecimento de políticas de preservação ambiental, garantindo conseqüentemente as bases de uma economia sustentável.

8 de mai. de 2010

Genética


Decodificação do genoma de rã traz esperanças para anfíbios e humanos

WASHINGTON - A decodificação do genoma da rã africana, anunciada esta quinta-feira, deve permitir à ciência proteger melhor os anfíbios, classe em rápido declínio no mundo, e permitir avançar na compreensão das doenças humanas.
A 'Xenopus tropicalis' se soma, assim, à lista de mais de 175 organismos cujo genoma foi decodificado desde 2001, entre os quais o do ser humano, o da abelha, o da vaca, o do frango, o da ratazana e o do camundongo.

Os cientistas da equipe internacional que trabalhou no sequenciamento descobriram que o genoma desta rã tem de 20.000 a 21.000 genes, dos quais mais de 1.700 são muito similares aos que no homem estão relacionados com o câncer, a asma e as doenças cardíacas.

Comparativamente, o genoma do homem tem 23.000 genes, afirmaram estes cientistas, cujo trabalho será publicado na última edição da revista científica americana Science. "Esta decodificação é um importante ponto de partida para se começar a trabalhar verdadeiramente com a 'Xenopus' para compreender o funcionamento dos genes e como interagem durante o desenvolvimento das doenças", destacou Jacques Robert, imunologista da Faculdade de Medicina da Universidade de Rochester (Nova York, nordeste), co-autor do estudo.

"A 'Xenopus' é muito promissora e deve tornar-se um modelo de pesquisa muito poderoso para nos ajudar a compreender melhor como funcionam nossos próprios genes", acrescentou o pesquisador, em um comunicado. A decodificação desta pequena rã africana também abre a possibilidade de se estudar, ao nível molecular e genômico, os efeitos dos produtos químicos provenientes da contaminação ambiental, que perturbam o funcionamento das glândulas endócrinas dos anfíbios, afirmou Uffe Hellsten, bioinformático do "Joint Genome Institute", que integra o Departamento de Energia americano, que coordenou as pesquisas.

"Estas substâncias químicas imitam os hormônios das rãs e sua presença nos lagos e cursos d'água poderia ser, em grande parte, responsável pelo declive das populações de rãs em todo o mundo", acrescentou o cientista. "É preciso esperar que a compreensão dos efeitos destes perturbadores hormonais ajude a preservar a diversidade das espécies de rãs e tenha também um impacto positivo para a saúde do homem, já que estas substâncias também afetam nosso organismo", observou.

Uma comparação das áreas em torno dos genes específicos da rã, do frango e do homem revela semelhanças surpreendentes que indicam que estruturas genéticas nos cromossomos destas espécies diferentes se mantiveram inalteradas ao longo da evolução. "Quando se veem segmentos do genoma da 'Xenopus', podemos ver literalmente estruturas genéticas com 300 milhões de anos de antiguidade que pertencem ao genoma do último ancestral comum entre todas as aves, rãs, dinossauros e mamíferos que pisaram a Terra", explicou Uffe Hellsten.

"Pareceria, assim, que a fragmentação e relocalização dos cromossomos são extremamente raros na evolução", acrescentou. A 'Xenopus' é um tipo de rã que reúne mais de 20 espécies na África subsaariana. Cerca de 50 cientistas de 24 institutos de pesquisa em todo o mundo participaram deste projeto, financiado pelos Estados Unidos.

Por Jean-Louis Santini, da Agência France Presse. Imagens: Science.